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A partir desta terça-feira, 9 de julho, a Petrobras elevou os preços da gasolina e do gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras. No entanto, mesmo com o reajuste, os preços ainda permanecem abaixo dos valores do mercado internacional. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os novos preços da Petrobras ainda apresentam uma defasagem média de R$ 0,34 por litro.

Com o aumento de R$ 0,20 por litro, o valor médio da gasolina ainda está 10% abaixo do produto importado. A Abicom calcula a paridade de importação diariamente, refletindo as instabilidades no mercado internacional e considerando flutuações na cotação do dólar, preço do petróleo, valores de frete e outros fatores.

Mudanças na Política de Preços

Até maio de 2023, a Petrobras seguia a política de paridade de importação (PPI), ajustando os preços de seus combustíveis com base nesses fatores. Entretanto, a estatal abandonou essa prática. Antes, os preços dos combustíveis vendidos para as distribuidoras eram determinados pelo custo de importação, o que repassava instabilidades ao mercado interno.

Seguindo uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nova política da Petrobras busca “suavizar” as flutuações de preços no mercado internacional, alterando os valores apenas quando considerado necessário. Essa abordagem evita repasses de picos elevados de preço no mercado internacional, mas a empresa também perde a oportunidade de captar lucros nesses momentos.

Críticas à Nova Política

Apesar dos benefícios de estabilidade, a nova política de preços da Petrobras enfrenta críticas. Alguns alegam que a estatal, como uma empresa que compete no mercado, deve praticar preços internacionais para evitar prejuízos e manter competitividade. Além disso, há quem diga que a medida é uma forma de utilizar a empresa para controlar a inflação dos combustíveis. Em 2023, a gasolina foi o item com maior peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve uma alta de 12,09%, influenciada também pela reoneração dos combustíveis.

A Petrobras tem atrasado os reajustes no preço dos combustíveis em cerca de um mês, mas não deixa de repassar no Brasil os aumentos do mercado internacional. De acordo com levantamentos, os repasses de alta demoram cerca de um mês para ocorrer, enquanto as reduções são repassadas com mais rapidez. Ao segurar os aumentos e repassar rapidamente as reduções, a Petrobras evita prejuízos.

Primeiros Reajustes do Ano

Este é o primeiro reajuste nos preços da gasolina pela Petrobras em 2024, desde a última mudança em outubro de 2023. O novo aumento, válido a partir de hoje, eleva o preço do litro da gasolina em R$ 0,20, atingindo R$ 3,01. O botijão de gás de cozinha de 13kg sobe R$ 3,10, chegando a R$ 34,70. O aumento da gasolina representa uma alta de 7,11%, o que, segundo cálculos da Warren Investimentos, deve refletir em um aumento de 2,50% na bomba para o consumidor e impactar o IPCA em julho.

A Petrobras destacou que a gasolina teve uma redução de R$ 0,17 em seus preços de venda para as distribuidoras desde então. Já a empresa (ou entidade responsável) não alterava os preços do GLP desde julho de 2023, há mais de um ano, quando o botijão de 13kg passou a custar R$ 31,66. A alta de agora é de 9,6%.

Blog do Halder

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