O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano nas eleições deste ano, Donald Trump, concedeu por fim sua primeira entrevista a veículos de imprensa após a tentativa de atentado que sofreu no sábado, 13 de julho. Em um trajeto a caminho da convenção republicana que começa nesta segunda-feira, 15 de julho, em Milwaukee, Wisconsin, Trump falou com repórteres do The Washington Examiner e do New York Post.
“Uma Experiência Muito Surreal”, Diz Trump
Durante a entrevista, Trump descreveu a experiência como surreal e admitiu que não sabia como reagiria até que a situação ocorresse. “É uma experiência muito surreal, e você nunca sabe o que vai fazer até que uma coisa dessas aconteça”, comentou Trump. Ainda assim ele acrescentou: “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”.
O ex-presidente revelou que, devido ao incidente, seu discurso na convenção foi completamente alterado. Inicialmente planejado para ser um ataque direto ao presidente Joe Biden, o discurso agora terá um tom mais conciliador e unificador. “Quero tentar unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas. Esta é uma chance de unir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás”, afirmou Trump.
Convenção Nacional Republicana
A Convenção Nacional Republicana acontecerá de 15 a 18 de julho. Durante o evento, devem confirmar Trump como o candidato do Partido Republicano para as eleições presidenciais deste ano. A convenção será um momento crucial para definir as estratégias e os discursos que guiarão a campanha de Trump contra o atual presidente Joe Biden, candidato democrata.
Relembre o Episódio do Atentado
No sábado, 13 de julho, Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato a tiros durante um comício na cidade de Butler, Pensilvânia. O FBI identificou e matou Thomas Matthew Crooks, um atirador de 20 anos registrado no Partido Republicano, o mesmo partido de Trump. O Serviço Secreto abateu Crooks logo após o atentado. Ele usava um fuzil AR-15, uma arma semi-automática semelhante a uma AK-47.
Além do atirador, uma pessoa que assistia ao comício morreu, e outras duas ficaram gravemente feridas. Os disparos atingiram de raspão a orelha direita de Donald Trump poucos minutos após ele começar seu discurso, por volta das 19h15, horário de Brasília. Durante o ataque, Trump estava ao microfone, e após sentir o impacto, ele levou a mão à orelha e se abaixou. Agentes do Serviço Secreto rapidamente correram para protegê-lo no palanque, enquanto a confusão se espalhava e o público gritava.
Resposta do Serviço Secreto
Em um comunicado, o Serviço Secreto dos Estados Unidos afirmou que o agressor era um franco-atirador que fez múltiplos disparos em direção ao palco. Crooks estava posicionado no telhado de um edifício a cerca de 200 metros do local do comício. A rápida resposta dos agentes foi crucial para garantir a segurança do ex-presidente e controlar a situação.
Após o incidente, os agentes ergueram Trump, que levantou o punho em direção à multidão antes de ser retirado do local pelos seguranças. A tentativa de atentado gerou grande comoção e intensificou as medidas de segurança em torno do ex-presidente e de sua campanha.
