
Você sabia que tem coisas no nosso cérebro que são como vinho e melhoram com o tempo? Pois é. Antigamente, os cientistas pensavam que, conforme a gente envelhecia, o cérebro sofria simplesmente um declínio. E, cada vez, mais estudos têm descoberto que não é bem assim. O cérebro muda e se adapta com o passar dos anos.
É verdade que, com o tempo, o fluxo sanguíneo para o cérebro diminui e algumas áreas ficam menores, como no lobo frontal. Isso significa que, entre outras coisas, o raciocínio fica um pouco mais lento, e isso afeta a memória e também a percepção que a gente tem do espaço. Mas algumas atividades podem melhorar com a idade, como o raciocínio abstrato, o vocabulário e até a leitura.
Mas como que isso é possível? É que, com a idade, acontece uma reorganização na cabeça. As ramificações dos dendritos, que são aqueles prolongamentos dos neurônios, aumentam, por exemplo.
Outra coisa que aumenta é a conexão entre as diferentes áreas do nosso cérebro.
Na prática, isso significa, por exemplo, que os idosos são melhores ao relacionar diversas fontes de informação. Eles conseguem entender melhor como questões específicas têm implicações mais gerais. É como se eles não conseguissem mais enxergar tão bem as folhas, mas tivessem o poder de ver melhor a floresta como um todo.
E essa é uma área de estudo que tem avançado muito recentemente, com a promessa de descobertas que podem revolucionar o combate a doenças como o Alzheimer.
Mas algumas coisas já são consenso: para envelhecer bem e manter um cérebro saudável, é importante comer bem, dormir bem, fazer exercícios e evitar cigarro e álcool em excesso.
E tem uma outra coisa que é fundamental: se manter ativo também na vida social, cercado de amigos e fazendo coisas que você gosta e que te desafiem.