
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) e a Universidade Federal do Estado (UFPI) investigam se a morte repentina de mais de 100 bovinos, caprinos e ovinos têm relação com a vacina contra clostridiose, aplicada nos animais em julho deste ano. No entanto, a causa da morte ainda é desconhecida.
🔎Clostridiose refere-se à doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium e que podem provocar morte súbita.
Conforme o secretário de desenvolvimento rural de Simões, Rosenalvo Coelho, os óbitos começaram a se registrar 10 dias após a aplicação do imunizante. No município, 11 produtores sofreram perdas.
Outras cidades e estados
O gestor afirma que além de Simões, os municípios de Curral Novo do Piauí, Jatobá do Piauí, São Francisco de Assis do Piauí e os estados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Maranhão registraram mortes.
“Os animais começaram a ser vacinados contra clostridiose no comecinho do mês de julho. Após 10 dias de vacinação, esses animais começaram a vir a óbito. Esses animais apresentam quais sintomas? Inchaço na região onde inseriram a vacina como também perca de sensibilidade. Eles morrem por infarto, por restrições nos rins”, contou Rosenalvo Coelho.
“A gente fez algumas necrópsias, também exames de sangue, encaminhamos para a Universidade Federal e para o Ministério da Agricultura para que sejam analisadas essas amostras. Não temos a certeza se é ou não a vacina, mas muito provavelmente seja”, explicou o secretário.
Em nota, a Adapi informou que também enviaram amostras também à Universidade Estadual do Ceará (UECE) para investigação. O prazo para que os resultados laboratoriais estejam sendo divulgados é de 30 dias.
“No primeiro momento, a gente buscou as farmácias veterinárias que vendem os produtos para bloquear essas vendas. Esse primeiro passo foi dado”, concluiu Rosenalvo Coelho.