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Estima-se que nos próximos 100 anos, as mudanças climáticas e a consequente perda de habitat podem causar a extinção de mais de 500 espécies de aves. Um estudo, publicado na Nature Ecology & Evolution, revela que programas de recuperação direcionados a esses animais poderiam evitar 68% da perda de biodiversidade.

A pesquisa projeta que a extinção das aves, nos próximos 100 anos, vai ser três vezes maior em comparação com o número de espécies perdidas desde 1500. Algumas espécies, como o guarda-chuva de pescoço nu (Cephalopterus glabricollis) e calau-de-capacete (Rhinoplax vigil), são aves vulneráveis. Elas desempenham funções únicas e sua extinção pode prejudicar todo o ecossistema.

No entanto, mesmo que sejam executadas algumas formas de proteger as aves das atividades humanas, a perda de habitat, a caça e as mudanças climáticas ainda podem extinguir cerca de 250 espécies de pássaros.

“Muitas aves já estão tão ameaçadas que reduzir os impactos humanos por si só não as salvará. Essas espécies precisam de programas especiais de recuperação, como projetos de reprodução e restauração de habitats, para sobreviver”, disse Kerry Stewart, principal autora do estudo da Universidade de Reading, na Inglaterra, em comunicado.

A guaruva (Guaruba guarouba) é uma espécie típica da Amazônia que está ameaçada de extinção — Foto: Wikimedia Commons

Lista Vermelha

Conforme o estudo, cerca de 10.000 espécies de aves estão incluídas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os pesquisadores conseguiram prever o risco de extinção das aves no próximo século, através da análise da ameaça de extinção sofrida por cada espécie.

Para a equipe, as mudanças climáticas colocam em risco principalmente as aves grandes e a perda de habitat prejudica majoritariamente os pássaros com asas largas. O estudo mapeou então quais são as melhores estratégias para preservar o número de aves.

“Não basta deter as ameaças. Cerca de 250 a 350 espécies precisarão de medidas complementares de conservação, como programas de reprodução e restauração de habitats, para sobreviverem no próximo século”, afirma a professora Manuela Gonzalez-Suarez.

“Priorizar programas de conservação para apenas 100 das aves ameaçadas mais incomuns poderia salvar 68% da variedade de formas e tamanhos das aves. Essa abordagem poderia ajudar a manter os ecossistemas saudáveis”, acrescenta. Medidas como redução da caça, prevenção de mortes acidentais e frear a destruição de habitats poderiam contribuir para salvar muitas espécies de aves.

Galileu

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