A família de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, de 38 anos, confirmou a morte dela nesta terça-feira (25). O marido usou as redes sociais para denunciar que o filho do casal faleceu durante o parto na maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, e que a gestante teve o útero retirado devido às complicações.
Conforme o marido de Danielle Cristina, Jorge Elô, ela acordou bem nesta terça-feira. No entanto, ao se sentar na cama, sentiu uma dor de cabeça intensa, começou a gritar e caiu no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e ela foi encaminhada ao Hospital Pedro I pela manhã. No período da tarde, o marido recebeu a notícia de seu falecimento.

Nota da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Saúde de Campina Grande divulgou uma nota lamentando a morte de Danielle. Segundo a pasta, a mulher se recuperou bem de uma segunda cirurgia realizada no Hospital Doutor Edgley, e tinha recebido alta no domingo (23). A secretaria relatou que ela foi internada no Hospital Pedro I com sinais de um possível Acidente Vascular Cerebral hemorrágico.
“A equipe médica realizou todas as manobras para tentar preservar a vida da paciente, mas não foi possível salvá-la. A causa da morte está sendo investigada”, disse a Secretaria de Saúde.
Quando a denúncia de negligência foi divulgada, a Secretaria de Saúde de Campina Grande decidiu afastar, no dia 11 de março, os profissionais da maternidade que atenderam Maria Danielle durante o parto. De acordo com o pai da criança, a mulher recebeu uma superdosagem de um medicamento para induzir o parto.
Além da Secretaria de Saúde, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação preliminar para apurar a possível negligência médica envolvida no ocorrido.
A Polícia Civil da Paraíba afirmou que será realizado um exame cadavérico no corpo da mulher para uma avaliação geral da situação. Os laudos periciais sobre a retirada do útero e a morte do bebê ainda estão em produção, e o inquérito segue na fase de depoimentos, com previsão de conclusão nos próximos dias.
Entenda o caso
De acordo coom o pai da criança, Jorge Elô, Danielle Cristina deu entrada na unidade hospitalar no último dia 27 de fevereiro. Na manhã do dia seguinte, exames indicaram a viabilidade de um parto vaginal, e a equipe médica iniciou a indução com comprimidos intravaginais.
Naquele momento, souberam que o mesmo médico que realizava o pré-natal particular da gestante estaria de plantão naquela noite no ISEA. Na madrugada do dia 1º de março, o médico substituiu a medicação por uma intravenosa, intensificando as contrações.
Por volta das 6h daquele dia, conforme relato do pai, duas enfermeiras do hospital atenderam Danielle Cristina. Uma constatou que a cabeça do bebê já estava coroada, enquanto a outra aumentou a dosagem da medicação sem, segundo ele, consultar o médico.
“Ela começou a vomitar e a tremer de frio. Ao procurarmos ajuda, ouvimos que era ‘normal’. Desesperada, [a vítima] implorou para não ficar sozinha, mas as profissionais a abandonaram, alegando ter outras gestantes para atender. Nosso médico de confiança havia ido embora do plantão sem sequer nos ver”, afirmou nas redes sociais.
Ainda de acordo com Jorge Elô, o trabalho de parto parou de evoluir, e as profissionais teriam culpado Danielle Cristina por não ter “colaborado”. O pai relatou que, minutos depois, elas teriam forçado a mulher a fazer força, mas ela desmaiou e estava sem pulso. Nesse momento, a levaram às pressas para a cirurgia.
Bebê retirado já sem vida
Em entrevista à rádio CBN João Pessoa, o pai da criança afirmou que, após levada para a sala de cesárea, Danielle Cristina ficou sem notícias sobre o que estava acontecendo. Quando finalmente entrou no local, viu a equipe médica retirando o bebê já sem vida e segurando o útero da mãe.
De acordo com o delegado Rafael Pedrosa, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A investigação avançará com o depoimento de testemunhas e o resultado de laudos periciais, incluindo exames no corpo do recém-nascido, exame toxicológico, exame de lesão corporal na mãe do bebê e análise pericial do útero, que foi levado separadamente.
Gostaria de expressar a minha indignação com esses profissionais se é que podemos falar que essas pessoas são profissionais, são pessoas do mal, há trinta e seis Anos atrás tive meu primeiro filho nessa Maternidade eu e meu filho por pouco não morreremos por negligência médica e de enfermagem, essas pessoas têm que serem punidas