Faleceu em Natal, nesta sexta-feira, 12 de setembro, a escritora e professora aposentada Nivaldete Ferreira, aos 74 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Natural de Nova Palmeira, no Seridó paraibano, ela nasceu em 2 de dezembro de 1950 e residia na capital potiguar desde 1972.
Graduada em Letras pela UFRN, Nivaldete construiu sua trajetória acadêmica e literária na cidade. Lá, ela se tornou professora do Departamento de Artes da mesma instituição, atuando até a aposentadoria.
Autora de uma obra diversificada, lançou em 1979 o livro de poemas Sertanía, marcado pelo reencontro da poeta com suas origens sertanejas. Em 1994, publicou Trapézio e outros movimentos, no qual dialoga com a poesia experimental do norte-americano e. e. cummings. Nesse livro, deixou versos emblemáticos: “O que nos afasta/ Não é o esgar da vida/ É a beleza? E a beleza é trágica”.

Além da poesia, também se destacou em outros gêneros. Nesse meio tempo, em 2007, apresentou o texto teatral Entre o carrossel e a lei. Em seguida, em 2008, publicou o romance histórico Memórias de Bárbara Cabarrús.
Nivaldete ainda dedicou parte de sua produção às crianças, com obras como Psilinha Cosmo de Caramelo (1998), O clubinho da água e o CD Cantando e Aprendendo. Este último foi disponibilizado no site do IGARN, com foco na educação ambiental.
Portanto, a sua morte representa uma grande perda para a literatura paraibana e potiguar. Dessa maneira, deixa um legado marcado pela sensibilidade, pela defesa da cultura e pela experimentação literária.