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Pagamento integral é uma opção do empregador, não um direito do empregado. A CLT garante o 13º salário em duas parcelas, com prazos até novembro e dezembro – Foto: Reprodução

O período para pagamento do 13º salário está chegando. Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a gratificação natalina deve se pagar em duas parcelas obrigatórias. A primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. A CLT ainda prevê que a empresa pode optar por quitar o valor integralmente até 30 de novembro. No entanto, essa escolha é facultativa.

Assim, a decisão de pagar o 13º salário em cota única é exclusiva do empregador. O funcionário não pode exigir o 13º salário em parcela única, pois a legislação trabalhista determina que a decisão sobre o formato de pagamento cabe ao empregador.

Assim sendo, não é um direito do empregado exigir que o pagamento se antecipe em uma única parcela. Ele deve aguardar a decisão da empresa sobre a forma de acerto do valor.

O que diz a CLT sobre o 13º salário

O 13º salário, também conhecido como gratificação natalina, se garante pela Lei nº 4.090/1962 e pela Lei nº 4.749/1965. Estas leis determinam assim que o benefício se pague em duas parcelas anuais. A regra vale para todos os trabalhadores com vínculo formal, incluindo empregados domésticos, rurais e urbanos.

O pagamento deve seguir o seguinte cronograma:

Esses prazos são obrigatórios e devem se cumprir mesmo que o empregador opte por realizar o pagamento total de uma só vez.

Direito do empregador: opção de pagar em parcela única

Conforme a CLT, o pagamento integral do 13º salário pode se fazer até 30 de novembro, caso o empregador decida não fracionar o valor. Entretanto, essa possibilidade se considera um direito da empresa, e não uma obrigação.

O pagamento antecipado de forma integral é uma estratégia de gestão financeira. Ela pode facilitar o fechamento de folha e o controle de encargos trabalhistas. Contudo, depende da viabilidade de caixa da empresa.

Ou seja, a lei permite, mas não impõe essa modalidade de pagamento.

Direito do funcionário: receber nas duas parcelas

Por outro lado, o empregado não tem o direito de exigir que o 13º salário seja pago integralmente em um único mês. Na ausência de previsão em acordo ou convenção coletiva, o empregador pode seguir o modelo tradicional, realizando o pagamento em duas etapas.

A legislação trabalhista protege o direito de receber o 13º salário dentro do prazo. Contudo, não concede ao trabalhador o poder de escolher a forma de pagamento.

Assim, se a empresa optar pelo fracionamento, o funcionário deve receber 50% até 30 de novembro. O restante deve ser pago até 20 de dezembro, conforme o previsto em lei.

Possibilidade de acordo coletivo define exceções

A reforma trabalhista de 2017 (Lei nº 13.467/2017) trouxe maior flexibilidade nas negociações coletivas. Ela permite que sindicatos e empresas estabeleçam condições específicas para o pagamento de benefícios.

No caso do 13º salário, a convenção ou acordo coletivo pode prever a quitação em parcela única. Isso é permitido desde que não haja prejuízo ao trabalhador e que o pagamento seja feito dentro dos prazos legais.

Contudo, mesmo nesses casos, a decisão final permanece com o empregador. Ele pode escolher o modelo mais adequado ao seu planejamento financeiro. O funcionário não pode exigir individualmente o pagamento integral, caso a empresa não tenha aderido à norma coletiva.

Prazos obrigatórios para o pagamento do 13º salário

Independentemente da forma de pagamento, os prazos previstos na legislação são obrigatórios e devem ser respeitados por todas as empresas.

Confira o resumo dos períodos estabelecidos:

EtapaPrazo legalDescrição
1ª parcelaAté 30 de novembroValor correspondente a 50% da remuneração mensal.
2ª parcelaAté 20 de dezembroValor restante, com descontos de INSS e IRRF.
Parcela única (opcional)Até 30 de novembroPossível apenas se a empresa optar pelo pagamento integral.

O não cumprimento desses prazos pode gerar multas e autuações por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Como é feito o cálculo do 13º salário

O 13º salário é calculado com base na remuneração integral do trabalhador, incluindo salário fixo e parcelas variáveis, como horas extras, adicionais e comissões.

Para cada mês trabalhado com pelo menos 15 dias, o empregado adquire 1/12 (um avo) do 13º salário. Quem trabalhou durante todo o ano recebe o equivalente a um salário integral.

Exemplo:

Um funcionário com salário mensal de R$ 3.000 e vínculo ativo durante 12 meses terá direito a R$ 3.000 de 13º salário.

O que acontece se a empresa não pagar no prazo

O atraso no pagamento do 13º salário pode gerar multa administrativa prevista no artigo 3º da Lei nº 7.855/1989. Esta multa é aplicada por fiscalização do Ministério do Trabalho. Além disso, o funcionário pode denunciar a irregularidade à Superintendência Regional do Trabalho (SRT) ou ajuizar reclamação trabalhista para exigir o cumprimento da obrigação.

Empresas reincidentes ou que deixem de pagar o benefício em sua totalidade podem sofrer penalidades mais severas. Elas podem ter o débito cobrado judicialmente com correção e juros.

Resumo: o que a lei garante

AspectoO que diz a legislação
Direito do empregadoReceber o 13º salário em duas parcelas, até 30/11 e 20/12.
Direito do empregadorEscolher pagar o 13º em parcela única até 30/11.
Possibilidade de acordo coletivoPode prever o pagamento integral, mas a decisão é da empresa.
Exigência do trabalhadorNão pode obrigar a empresa a pagar em parcela única.

O 13º salário é um direito do trabalhador, mas a forma de pagamento é decisão do empregador, conforme estabelece a CLT. A empresa pode optar por pagar o valor integralmente até 30 de novembro. Alternativamente, pode pagar em duas parcelas, sendo a segunda até 20 de dezembro.

O empregado não pode exigir o pagamento total em um único mês, salvo se existe acordo ou convenção coletiva que autorize essa prática. Mesmo nesses casos, a escolha final cabe ao empregador.

A regra reforça o equilíbrio entre o direito do trabalhador de receber o benefício. Ela também preserva a liberdade da empresa para administrar seus pagamentos dentro da lei.

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