
Nesta sexta-feira, dia 19 de dezembro, o cometa interestelar 3I/Atlas faz a sua maior aproximação à Terra. Ele fica apenas a 270 milhões de quilômetros de distância do nosso planeta, não representando assim qualquer perigo.
O 3I/Atlas começou sendo avistado em 1 de julho pelo telescópio ATLAS, no Chile. Desde então, a viagem deste cometa interestelar tem sido acompanhada por vários telescópios. Notou-se que ele passou mais perto de Marte em 3 de outubro e do Sol em 29 de outubro. Entre os telescópios espaciais que conseguiram avistar este cometa, temos o Hubble, James Webb, XMM-Newton e ainda o XRISM.
Os investigadores acreditam que o cometa 3I/Atlas tem um núcleo entre os 10 e os 30 quilômetros de diâmetro. Ele viaja a uma velocidade superior a 68 quilômetros por segundo na sua passagem pelo interior do Sistema Solar. Além disso, a sua órbita é hiperbólica.
Planetas, luas, asteroides e cometas do Sistema Solar compartilham uma origem comum. Em contraste, corpos interestelares como o cometa 3I/Atlas são autênticos “forasteiros”. Eles transportam pistas sobre a formação de outros mundos.
Origem do cometa
Conforme os cientistas, o 3I/Atlas pode ter tido origem em um sistema estelar muito mais antigo do que o Sistema Solar.
Observações realizadas em finais de agosto pelo telescópio espacial James Webb da coma (nuvem de gás e poeira) do cometa revelaram a libertação de dióxido de carbono, água, monóxido de carbono e oxissulfeto de carbono. O fenômeno ocorre à medida que 3I/Atlas aquecia.
O regresso do 3I/Atlas ao espaço interestelar está previsto para meados da década de 2030. Isso ocorre de acordo com Paul Chodas, que dirige o Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra da NASA (agência espacial norte-americana).