
Ufa! O Botafogo passou pelo primeiro passo da Copa do Mundo de Clubes com mais emoção do que o esperado. No entanto, a missão foi cumprida: vitória por 2 a 1 sobre o Seattle Sounders, neste domingo, no Lumen Field.
Existem diferentes jogos dentro da própria partida. Os primeiros minutos foram de tensão, de um time claramente nervoso e errando jogadas que geralmente são acertadas com facilidade. Gregore, por exemplo, teve dificuldade para sair jogando e fazer triangulações na saída de bola.
os poucos, o cenário mudou. O Botafogo deixou o nervosismo para trás e foi ganhando campo com jogadas perigosas. Igor Jesus por pouco não marcou – o camisa 99 foi desarmado por um zagueiro na pequena área no movimento do chute.
A melhora do Alvinegro passa muito por Artur. Dessa forma, com e sem bola, o camisa 7 chamou a responsabilidade para livrar o time da pressão. Em bate-boca com o lateral Tolo desde os primeiros minutos da partida, ele sofreu falta boba do defensor na lateral do campo. Alex Telles bateu com estilo e Jair marcou.
O Botafogo dava bastante espaço para o Seattle atacar. Isso se notava naturalmente pela formação escolhida, com praticamente quatro atacantes em campo. No entanto, praticamente não sofreu com chances perigosas. Os poucos homens no meio-campo se compensavam com um time que chegava ao ataque de diferentes maneiras. Seja por passes rápidos, cruzamentos ou na bola parada.
Para completar a etapa inicial de domínio e dar uma pitada de tranquilidade, o time brasileiro dobrou a vantagem com Igor Jesus, aproveitando cruzamento de Vitinho. Tudo parecia estar em paz.
Segunda etapa
O segundo tempo virou ao avesso – e muito por culpa do Botafogo, apesar do natural mérito do Seattle. Renato Paiva voltou do intervalo com Correa no lugar de Mastriani.
O argentino ficou pedido. Dessa forma, ele começou como ponta esquerda, passou para o meio após a saída de Savarino e chegou a aparecer na linha de volantes. Em campo, o camisa 30 pouco contribuiu com a marcação e o Alvinegro seguiu dando espaços aos americanos, que voltaram mais ativos.
Diante de um cenário de um Botafogo com campo aberto para contra-ataques e um Seattle que sonhava, mas pouco fazia para concretizar, Renato Paiva optou por empilhar o time de atacantes. O português colocou Arthur Cabral ao lado de Igor Jesus. Este último chegou a virar ponta. O time, que já quase não ficava com a bola no pé, passou a apenas correr atrás do Sounders.
Os americanos criaram, criaram, criaram… e chegaram. Roldan marcou aos 30 do segundo tempo e os donos da casa até tiveram chance de empatar no minuto final. Mas John fez grande defesa para travar uma finalização na pequena área.
A disparidade técnica era evidente. Quando colocou a bola no chão, o Botafogo achou espaços e caminhos com naturalidade para assustar o Seattle. Mas, no segundo tempo, abusou da sorte e da forma de abordar o jogo. Praticamente abdicou de ter um meio-campo marcador diante de um time que se jogou ao ataque na intenção de buscar o resultado.
A lição que serve para o bem e para o mal deve-se levar à risca. Isso se o time quiser superar um grupo com dois europeus nesta competição. O primeiro passo está dado.