
O Programa Celular Seguro registrou 2.469 alertas de bloqueio de dispositivos móveis devido a roubos, furtos ou perdas durante o período de Carnaval. O estado de São Paulo concentrou o maior número de registros, seguido por Rio de Janeiro e Bahia. No extremo oposto, o Acre contabilizou apenas um bloqueio, o menor número entre as unidades da federação.
Alta de bloqueios no período festivo
Entre os dias 1º e 5 de março, a média diária de bloqueios ultrapassou 490 registros, com o maior volume registrado na quarta-feira, 5 de março, quando 519 aparelhos foram bloqueados. O detalhamento diário das ocorrências foi o seguinte:
- 1º de março – 472 bloqueios
- 2 de março – 504 bloqueios
- 3 de março – 483 bloqueios
- 4 de março – 491 bloqueios
- 5 de março – 519 bloqueios
O aumento nos registros está relacionado à maior circulação de pessoas em grandes centros urbanos durante os eventos carnavalescos, elevando os riscos de furtos e roubos de dispositivos móveis.
Distribuição geográfica das ocorrências
Os estados que concentraram os maiores volumes de bloqueios também foram aqueles que receberam grande fluxo de foliões durante o Carnaval. São Paulo liderou as estatísticas, seguido por Rio de Janeiro e Bahia:
- São Paulo – 546 bloqueios
- Rio de Janeiro – 439 bloqueios
- Bahia – 203 bloqueios
A alta incidência nesses estados reforça a necessidade de medidas preventivas e do uso de ferramentas de proteção digital para minimizar impactos financeiros e de segurança para os usuários.
Expansão do programa e novas instituições parceiras
O Ministério da Justiça informou que três novas empresas aderiram ao Programa Celular Seguro: Neon Pagamentos, Banco BV e PicPay, ampliando para 19 o total de instituições participantes. O programa já contava com a colaboração de 16 entidades do setor financeiro e de telecomunicações:
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
- Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
- ABR Telecom
- Banco Pan
- Banco Inter
- Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob)
- Caixa Econômica Federal
- Banco BTG Pactual
- XP Investimentos
- Santander
- Banco Safra
- Banco do Brasil
- Itaú-Unibanco
- Banco Cooperativo Sicredi
- Bradesco
- Nubank
A ampliação do número de parceiros fortalece a rede de proteção contra crimes relacionados a dispositivos móveis, permitindo bloqueios mais rápidos e integrados com o sistema financeiro.
Funcionamento do bloqueio e modalidades disponíveis
O Programa Celular Seguro oferece duas opções de bloqueio para usuários vítimas de roubo, furto ou perda do aparelho:
- Bloqueio Total – Desativa a linha telefônica, inutiliza o IMEI (número de identificação do aparelho) e bloqueia contas bancárias vinculadas às instituições parceiras, impedindo qualquer uso do dispositivo por terceiros.
- Modo Recuperação – Permite o bloqueio da linha telefônica e das contas bancárias, mantendo o IMEI ativo. Caso um novo chip seja inserido no aparelho, a polícia pode rastrear o dispositivo e facilitar sua recuperação.
O aplicativo do programa está disponível para Android e iOS, podendo ser baixado gratuitamente na Google Play Store e na App Store. Para utilizar a plataforma, é necessário possuir uma conta no gov.br.
Segurança digital e prevenção
O aumento no número de bloqueios durante o Carnaval evidencia a importância de medidas preventivas para evitar prejuízos decorrentes de furtos e roubos de dispositivos móveis. Além do uso do Programa Celular Seguro, especialistas recomendam que usuários ativem autenticações de segurança em aplicativos bancários e evitem acessar informações sensíveis em redes públicas.
Com a crescente adesão de instituições financeiras e empresas de tecnologia ao programa, a expectativa é de que o tempo de resposta para bloqueios seja reduzido, dificultando o uso indevido de celulares furtados e contribuindo para o combate a crimes relacionados a dispositivos móveis.