A Colgate-Palmolive anunciou por meio de seu site oficial a descontinuidade do creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint. Conforme a empresa, a decisão ocorreu depois da investigação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que apura os níveis de aromatizante do produto.
Em março, a agência havia suspendido a venda do produto por 90 dias. Isso ocorreu diante da ocorrência de um número significativo de efeitos indesejáveis associados ao uso do produto.
A nova versão, lançada em 2024, contém o fluoreto de estanho, diferentemente da versão anterior, que utilizava fluoreto de sódio. A substância é conhecida por sua alta capacidade antibacteriana.
A Colgate afirma que o produto “não apresenta problemas de qualidade”. Nesse meio tempo, em março, disse que todos os produtos e componentes “passaram por testes rigorosos e estão aprovados por agências regulatórias em todo o mundo”. Além disso, afirmou que “nova fórmula resulta de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento”, além de “testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil”.
A empresa afirma que “caso você perceba qualquer tipo de desconforto, irritação ou alteração incomum ao utilizar o produto, suspenda o uso imediatamente e entre em contato com o seu dentista”.
O que os usuários relataram sobre o creme dental Colgate Total Clean Mint?
Entre os eventos relatados pelos usuários estão lesões bucais, sensações dolorosas, sensação de queimação/ardência, inflamação gengival e edema labial. Estes sintomas têm impactado significativamente a qualidade de vida dos consumidores. Como resultado, em alguns casos, há custos médicos, afastamento do trabalho, dificuldades para se alimentar e se comunicar, e sofrimento emocional.
Por que creme dental da Colgate foi interditado pela Anvisa?
Nas redes sociais, diversos perfis relatam efeitos adversos percebidos após um período de utilização regular do produto. Há relatos de problemas como inchaço nos lábios, afta, irritação e queimação.
“Eu tive uma ardência horrível na língua, fissuras próximo ao freio lingual e uma dor na gengiva ao ponto dela sangrar”, relatou uma mulher em uma publicação sobre o produto no perfil da Colgate no Instagram.
“Descobri hoje que a fórmula foi alterada com acréscimo do fluoreto de estanho. Peço que revejam essa formulação, pois recebi várias reclamações de pacientes que também não tiveram diagnósticos conclusivos”, relatou outra, que se identificava como dentista.
