Um homem, de 28 anos, foi preso na última segunda-feira, suspeito de cometer uma série de crimes de estelionato sentimental contra mulheres do Distrito Federal. Aplicativos e sites de relacionamentos eram vistos como o ambiente perfeito para fisgar suas vítimas e aplicar golpes.
Conforme as investigações, ele fez vítimas entre 2017 e 2024. As pessoas enganadas estavam nas regiões de Brazlândia, Asa Sul, Cruzeiro, Paranoá, Taguatinga, Samambaia, Ceilândia, Recanto das Emas, Guará e Gama. Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos na casa do homem identificado como Marcelo Henrique Freitas Fonseca, de acordo com o g1, na Vila São José de Brazlândia.
Estelionato amoroso
Marcelo usava aplicativos de relacionamento para se aproximar de mulheres e criar vínculos afetivos. Em seguida, convencia algumas vítimas a investir em esquemas financeiros, prometendo retornos triplicados em poucas horas. De acordo com o delegado, esses valores não eram restituídos e o dinheiro desaparecia. Para movimentar os valores obtidos, o investigado utilizava as contas bancárias de outras vítimas, sob a alegação de que sua conta própria estaria bloqueada.
O suspeito, conforme a polícia, também usava o fato de suas vítimas estarem envolvidas emocionalmente para exigir mais dinheiro, inclusive ameaçando encerrar o relacionamento caso as transferências não fossem feitas. Além das acusações de estelionato sentimental, o homem também é investigado por furtos, lesões corporais e estupro de vulnerável no contexto da Lei Maria da Penha.
Ainda de acordo com a polícia, em Brazlândia foram identificadas cinco vítimas. A investigação também apurou que, no período, o investigado criou 122 chaves PIX para consumação dos golpes. Até o momento, o prejuízo às mulheres do Distrito Federal é de R$ 50 mil.
Em 2023, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve decisão que já havia condenado o investigado por crime de estelionato sentimental contra uma mulher. A decisão estabeleceu a pena de 1 ano e 9 meses de reclusão. A condenação em regime aberto, e reparação de danos à vítima, no valor de R$ 1.412.
O Globo