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Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum — Foto: Reuters

A primeira versão da internet nos permitiu ler o mundo. A segunda, a interagir com ele. Agora, a terceira, a chamada Web3, promete algo ainda mais ousado: sermos proprietários e controladores de nossos próprios dados, conteúdo e dinheiro. Tudo isso, livres de bancos, empresas e governos. No centro dessa promessa de transformação silenciosa está a rede Ethereum, que completa hoje dez anos.

A rede foi lançada oficialmente em 30 de julho de 2015, e desde então se tornou um dos pilares do universo cripto. Se o Bitcoin é muitas vezes comparado ao “ouro digital”, a Ethereum seria a infraestrutura de uma nova economia.

Mas o que, afinal, é essa tal de Web3?

Para entender, vale retomarmos as Webs anteriores.

Na Web1, os sites eram estáticos: o usuário entrava na homepage, lia e saía. Era uma via de mão única. Já a Web2 trouxe a interatividade das redes sociais. No entanto, essa interatividade estava concentrada em poucas empresas, como Alphabet (dona do Google e do YouTube), Meta (dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp), (ex-Twitter) e TikTok. É a era dos dados e comportamentos pessoais como produto negociado por terceiros. Isso, mesmo que nós, usuários, raramente vejamos esse dinheiro.

A Web3, por sua vez, promete uma mudança estrutural para dar ao usuário o controle sobre seus dados, identidade e ativos digitais. Tudo isso usando blockchains como infraestrutura.

Na prática, por exemplo, você poderá se conectar a sites, redes e aplicativos com uma carteira digital. Isso sem precisar criar um login com e-mail e senha, de acordo com os requisitos de cada empresa. Os dados ficam sob sua posse, não em servidores de terceiros. Você passa a ser proprietário de todo o conteúdo que cria, entre outras possibilidades.

E, em alguns casos, você também pode participar das decisões sobre o funcionamento da plataforma, por meio da governança descentralizada. Há quem aposte que, em um futuro não muito distante, vamos votar por meio desse sistema. E tudo isso seria possível graças a redes como a Ethereum.

Evolução do Ethereum

“Em dez anos, Ethereum evoluiu de um experimento promissor para uma infraestrutura robusta. Essa infraestrutura sustenta desde sistemas financeiros descentralizados até projetos de tokenização de ativos reais, passando por expressões culturais e novos modelos de governança digital”, avalia afirma Sebastian Serrano, presidente e cofundador da Ripio, uma das maiores plataformas de infraestrutura cripto da América Latina.

“Mesmo com o surgimento de outras blockchains mais rápidas ou baratas, nenhuma conseguiu replicar a robustez d Ethereum Virtual Machine (EVM), a força da sua base de desenvolvedores ou o grau de adoção institucional”, destaca Serrano. “De bancos centrais a protocolos de stablecoins, de empresas de tokenização a startups Web3: todos seguem escolhendo o Ethereum como base de confiança.”

“O maior mérito de Ethereum nestes dez anos foi introduzir a blockchain à economia real. Isso ocorreu em setores como logística, petróleo, siderurgia e produção de alimentos”, afirma Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management. “E sua maior contribuição na próxima década será, com a anuência dos reguladores, atualizar o sistema financeiro global. A atualização reduzirá custos de transação e tornará as operações mais eficientes.”

Pedro Lapenta, analista-chefe da gestora Hashdex, pontua que Ethereum está se aproximando do seu “momento iPhone”. “Uma fase em que a infraestrutura finalmente encontra aplicações maduras com potencial de escala global. Tecnologias transformadoras levam tempo para maturar — e a Ethereum, cada vez mais integrada ao sistema financeiro, mostra sinais claros de que esse tempo chegou.”

Se hoje ainda parece cedo para falar em adoção em massa, vale lembrar que, há 20 anos, ninguém sequer imaginava algo tão rotineiro. Usar um celular para pagar contas ou transferir dinheiro de forma instantânea, como o Pix, parecia distante.

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