É comprovado que o consumo excessivo de sal pode interferir na pressão arterial, mas será que esse é um efeito imediato? É a que a maioria das pessoas recorre durante um episódio de queda de pressão.
Em entrevista ao podcast Bem Estar, o cardiologista Agnaldo Piscopo afirma que essa prática não passa de um mito.
“O sal embaixo da língua não vai aumentar a pressão de forma rápida. Então, não é considerado um primeiro socorro para quem está passando mal.”
O brasileiro consome, em média, 9,3 gramas por dia, MUITO acima da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5 gramas diárias, que equivalem a 2 gramas de sódio.
Uma pesquisa realizada pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) revela que 99,7% dos pacientes com doenças cardiovasculares não conseguem controlar fatores de risco como obesidade e tabagismo.
O cardiologista ainda abordou a conexão entre obesidade e doenças cardíacas e alertou para o risco em todas as idades. De acordo com ele, a gordura abdominal está ligada a processos inflamatórios que elevam a pressão arterial e aumentam a resistência à insulina, favorecendo também o desenvolvimento do diabetes.
“A idade já não é um fator que divide quem tem risco para doença cardiovascular ou não”, afirma. “Infelizmente, adulto jovens e crianças podem se enquadrar em risco cardiovascular aumentado, dependendo de fatores.”
Ainda conforme o médico, se consideram fatores de risco:
- tabagismo;
- diabetes;
- pressão alta;
- colesterol de origem familiar elevado;
- sedentarismo;
- e obesidade.