📅 Última atualização:
💵 Dólar: R$ 5,500 (0,04%)   |   💶 Euro: R$ 6,311 (-0,05%)   |   💷 Libra: R$ 7,375 (0,10%)   |   🪙 Bitcoin: R$ 575.307,72 (-0,12%)   |   ⛓️ Ethereum: R$ 13.821,84 (0,13%)   |   🌕 Litecoin: R$ 466,43 (0,45%)   |   💠 Wibx: R$ 0,00147 (-1,35%)
O presidente Lula e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva no desembarque em Pequim — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira, 12 de maio, R$ 27 bilhões em novos investimentos da China no Brasil.

O número foi citado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), Jorge Viana, após um fórum entre empresários brasileiros e chineses em Pequim.

Segundo a Apex, o valor inclui:

Investimentos

Há na conta, ainda, investimentos previstos da DiDi (dona do 99 Táxi), da Longsys (empresa chinesa de semicondutores) e de empresas do setor farmacêutico. E acordos para a promoção de produtos brasileiros na China em áreas como café, cinema e varejo.

O presidente Lula viajou ao país acompanhado de 11 ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de parlamentares, outras autoridades e cerca de 200 empresários. Nesta terça, 13 de maio, Lula deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.

Antes de chegar à China, a comitiva passou também pela Rússia, onde Lula se reuniu com Vladimir Putin e pediu um cessar-fogo na Ucrânia.

“Na última década, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil. Trata-se do principal investidor asiático em nosso país, com estoque de mais de US$ 54 bilhões”, citou Lula após o evento.

No discurso, Lula citou parcerias firmadas entre órgãos como Dataprev e Telebras, do governo brasileiro, e empresas de satélites e energia sustentável da China.

Outros lados da parceria

E para além da questão comercial, falou também em “elevar o intercâmbio de turistas e ampliar as conexões aéreas entre os países“.

“A China tem sido tratada, muitas vezes, como se fosse uma inimiga do comércio mundial quando, na verdade, a China está se comportando como um exemplo de país que está tentando fazer negócios com os países que foram esquecidos nos últimos 30 anos por muitos outros países. É importante a gente lembrar”, continuou.

Lula disse ainda que, em seu primeiro mandato, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a China, então governada por Hu Jintao, como uma “economia de mercado” (em que o setor privado é predominante). E que além disso, passados 20 anos, não se arrepende de ter feito esse reconhecimento.

Conforme o governo, empresas chinesas aplicarão recursos no Brasil em uma série de áreas, desde indústrias a novas marcas de comércio e serviços.

“Tem gente que reclama que o Brasil exporta para a China só produtos agrícolas e minério de ferro, ou seja, só commodities. E eu queria só dizer para as pessoas que pensam assim que para que a gente possa fazer investimento em produtos mais refinados, sofisticados, com mais ascensão tecnológica, é preciso a gente lembrar que durante muito tempo o Brasil deixou de investir em educação. É importante lembrar então que a gente não vai conseguir ser competitivo no mundo tecnológico, no mundo digital, se a gente não investir na educação”, disse Lula.

“Nós temos que exportar agronégicio e utilizar o dinheiro que entra no Brasil para investir em educação. Para a gente ser competitivo com a China na produção de carro elétrico, de baterias, na construção de IA. Ninguém vai dar isso de graça para nós. Nós temos que buscar a confiança de parceiros para que eles possam compartilhar conosco aquilo que eles sabem fazer. É isso que nós estamos fazendo com a China”, emendou.

Ampliação do comércio

A viagem de Lula à China foi pensada para fortalecer a negociação comercial entre os países. A China é o principal parceiro comercial do Brasil, e o governo brasileiro avalia assim que há espaço para ampliar as exportações para o país asiático.

A avaliação tem relação direta com a guerra comercial entre os Estados Unidos e os chineses. Tanto ministros bem como empresários acreditam que o Brasil pode surgir como “alternativa” para parte dos produtos americanos importados pela China.

A ApexBrasil mapeou 400 oportunidades para ampliação dos negócios entre Brasil e China. Assim as possibilidades estão espalhadas em uma série de setores, com especial destaque para o agronegócio.

A agenda dos empresários brasileiros na China prevê então eventos voltados ao agro. Em um deles, associações vão inaugurar um escritório, em Pequim, para facilitar então as negociações para a exportação de carnes do Brasil ao mercado chinês.

Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que também integra a comitiva de Lula a Pequim, deve participar de encontros com autoridades. A pasta afirma que um dos objetivos da visita é a conclusão de um acordo para reduzir burocracias no registro de produtos biotecnológicos.

Ao longo da viagem de Lula à China, há expectativa de que os governos chinês bem como o brasileiro assinem uma série de acordos bilaterais.

Parte dos anúncios ocorrerá após encontro com Xi Jinping, na terça-feira. Será a terceira vez que o petista e o líder chinês se encontram desde que o presidente brasileiro voltou ao Planalto em 2023.

O cronograma da viagem prevê, ainda mais, a participação do presidente brasileiro em uma reunião com representantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *