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A saúde pública do interior potiguar deu mais um salto de qualidade na quarta-feira, 20 de agosto. O Governo do Estado inaugurou a área de obstetrícia do Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, com o centro de parto normal, 34 leitos e outras novas estruturas. Dessa forma, o Hospital da Mulher passa a realizar partos e consolida-se como a referência materno-infantil para os municípios das regiões Oeste, Alto Oeste e o Vale do Açu.

Durante a solenidade de abertura dos serviços, a deputada estadual Isolda Dantas (PT) anunciou a apresentação de um Projeto de lei para o Centro de Parto Normal do Hospital da Mulher passar a ter o nome da parteira Luzia Mercês do Amaral, mãe da governadora professora Fátima Bezerra, que atuava na cidade Nova Palmeira-PB na assistência gratuita às grávidas. O Projeto de lei está tramitando na Assembleia Legislativa do RN.

Hospital da Mulher Parteira em Mossoró
Hospital da Mulher Parteira, em Mossoró – Foto: Reprodução

Biografia de Luzia Mercês do Amaral

A parteira Luzia Mercês do Amaral nasceu em 7 de setembro de 1919 no Município de Picuí, localizado na Região Geográfica Imediata de Cuité-Nova Floresta no Estado da Paraíba. Mudou-se aos 16 anos para o Município de Nova Palmeira-PB. Faleceu no dia 7 de setembro de 1997.

A parteira Luzia Mercês do Amaral era filha de João Garcia do Amaral e Dona Maria Domingas da Conceição. Era casada com o artesão e tropeiro, vendedor que transportava os produtos montado em burros ou cavalos pelo interior do Nordeste, Severino Bezerra de Medeiros (Seu Severo).

São seus filhos a ex-presidenta (1991-1994) do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN, ex-deputada estadual, ex-deputada federal, ex-senadora da República e atual governadora do Estado do Rio Grande do Norte, professora Fátima Bezerra, a ex-vice-prefeita de Nova Palmeira-PB eleita em 2000, Maria Aparecida de Medeiros tendo como prefeito, José de Souza Santos, o ex-vice-prefeito de Nova Palmeira eleito em 1982 e ex-vereador eleito no pleito de 1976, Severino Bezerra de Medeiros Filho “in memoriam”, Sebastião Bezerra de Medeiros, a professora aposentada pelo Estado da Paraíba, pelo Município e graduada em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Maria da Conceição Bezerra e a professora aposentada pelo Estado do Rio Grande do Norte e graduada em Letras pela UFRN, Terezinha de Jesus Bezerra.

Dona Luzia Mercês do Amaral filiou-se ao Partido dos Trabalhadores de Nova Palmeira-PB em 16 de outubro de 1991. Era fã da música “Maringá” de autoria do médico e vitorioso musicista, Joubert de Carvalho. Atualmente existe uma Creche no Município de Nova Palmeira com o nome de Luzia Mercês do Amaral. Dona Luzia, tinha o respeito dos políticos da região em razão do carinho popular conquistado pelos partos gratuitos que realizava nas adjacências.

Creche em Nova Palmeira
Creche Luzia Mercês do Amaral, em Nova Palmeira-PB – Foto: Divulgação

Participação em campanha

Dona Luzia Mercês do Amaral participou da eleição da professora Fátima Bezerra em 1996 para a Prefeitura de Natal.

Luzia Mercês do Amaral foi parteira em Nova Palmeira-PB. Dessa maneira, ela dedicou uma vida inteira ao cuidado com as mulheres, numa atuação com profunda sensibilidade no processo do parto. Portanto, mais que acompanhar as mulheres dando à luz, Dona Luzia acolhia, orientava e oferecia segurança e conforto, preservando a autonomia e a humanização. Dona Luzia criava um ambiente de confiança, calor humano e escuta das mulheres. Não atoa era reconhecida pelo seu trabalho na cidade.

Muito antes da universalização do serviço pelo Sistema Único de Saúde, em 1988, a parteira Luzia Mercês do Amaral percorria o interior do Paraíba ajudando mães e bebês. Dessa forma, Dona Luzia ajudava as mulheres a dar à luz, cortava o cordão umbilical do bebê, lavava o bebê e apresentava a criança à mãe.

Luzia e Fátima Bezerra
Luzia Mercês do Amaral com sua filha Fátima Bezerra – Foto: Reprodução

Ofício por amor

A parteira Luzia Mercês do Amaral não tinha remuneração. Seu ofício era cuidar, em especial das mulheres pobres, a quem depositava um carinho especial. Não tinha dia, nem hora. Fosse na luz do dia, ou na madrugada, Dona Luzia estava à disposição. Costumava se deslocar na garupa de um cavalo ou um burro. Dessa maneira, além de toda essa contribuição para o povo paraibano, em especial às mulheres, Dona Luzia contribuiu de forma significativa para o Rio Grande do Norte, dando à luz a Professora Maria de Fátima Bezerra, sua filha, hoje Governadora do estado potiguar, que vem fazendo história. Na história da assistência ao parto, talvez não exista profissional com tamanha importância e representatividade quanto as parteiras tradicionais, sendo a sua atuação tão antiga quanto a própria humanidade.

Parteiras, cuidadoras, aparadeiras, mulheres que pegam menino, são estes alguns dos termos usados para descrever as parteiras tradicionais. Para a mulher que está parindo, o papel da parteira é dar suporte. Portanto, para a comunidade de Nova Palmeira-PB, a parteira Dona Luzia foi uma líder e, para as famílias, ela foi referência de cuidado, de sabedoria e de discernimento.

Semelhança entre mãe e filha

A professora aposentada Conceição Bezerra vê algo da matriarca na irmã mais famosa. “Fátima hoje é essa mulher que – eu digo muito a ela – faz o que minha mãe fazia, só que de outra forma, com outra roupagem. A vida dela é trabalhar pelo povo”, diz com orgulho, a professora aposentada, Conceição Bezerra.

“A governadora professora Fátima Bezerra inaugurou o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, e fez dele uma prioridade de sua gestão. O Hospital atende Mossoró/RN e região, e a proposição em questão busca homenagear e reconhecer um trabalho dedicado ao Rio Grande do Norte. Homenagear Luzia Mercês do Amaral, é reconhecer o seu trabalho pelas mulheres, no ofício de parteira, bem como a Professora Fátima Bezerra, sua filha, pelo legado que tem deixado no RN”, disse a deputada estadual, Isolda Dantas (PT-RN).

“Agradeço ao gesto tão amoroso de homenagear Dona Luzia, minha mãe. Uma mulher simples e corajosa, que trouxe muitas crianças ao mundo, com muita fé e amor. Uma mulher que exemplifica a luta de todas aquelas que se dedicaram a cuidar das mulheres e dos seus filhos e filhas que chegavam ao mundo. Dona Luzia nunca recebeu dinheiro pelo seu trabalho, e mesmo assim se doava inteiramente à sua profissão de dar a vida.

Assim como ela, milhares de outras mulheres viveram e vivem essa realidade, e merecem ser homenageadas! Viva Dona Luzia! Viva as parteiras e as mães do RN”, agradeceu a governadora professora, Fátima Bezerra.

Fonte: Abdias Duque de Abrantes Advogado, jornalista, servidor público do Estado do RN, graduado em Jornalismo e Direito pela UFPB e pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Potiguar (UnP), que integra a Laureate International Universities.

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