
Ex-goleiro da Seleção Nigeriana, Peter Rufai morreu nesta quinta-feira, 3 de julho, aos 61 anos, em Lagos, vítima de uma “doença prolongada”. Enquanto jogador, defendeu o país africano nas Copas do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e 1998, na França. O anúncio da morte se fez pela Federação Nigeriana de Futebol (NFF).
“Lamentamos o falecimento do lendário goleiro das Super Águias, Peter Rufai, um gigante do futebol nigeriano e campeão africano em 1994”, publicou a NFF em uma rede social.
Conhecido popularmente como “Dodomayana”, Rufai vestiu a camisa nigeriana 65 vezes, com a qual conquistou a Copa Africana de Nações em 1994. Por clubes, atuou por Lokeren, Go Ahead Eagles, Farense, Hércules e La Coruña, até se aposentar no Gil Vicente-POR.
Para além dos jogos, o ex-goleiro ficou marcado por uma história um tanto quanto inusitada. Conhecido como “Príncipe” por ser filho do rei de Idimu, região da Nigéria, Rufai foi convocado para discutir o sucessor do trono em 1998, com a morte do pai. Porém, ele optou por recusar a função para disputar a Copa do Mundo daquele ano.
“Nunca quis ser rei. Se aceitasse, não poderia ser jogador. Eu sei que teria uma vida boa, porque sei como viviam meus pais. Mas aquilo não era para mim. Não me fazia feliz. Eu queria o futebol. Queria o gramado, queria a rua, queria estar com os amigos, queria ensinar crianças a jogar futebol. Isso era o que me dava alegria”, disse.