
🐾A presença de uma American Staffordshire Terrier fêmea vem conquistando corações em hospitais e instituições de apoio de Santa Catarina. Com colete colorido e “lambeijos”, a cadela Moana, de dois anos, visita pacientes internados e participa de sessões para crianças no Transtorno do Espectro Autista (TEA), síndrome de Down e outras condições.
- Apesar de não se chamar oficialmente de pitbull, a raça American Staffordshire Terrier faz parte do grupo de cães conhecidos assim popularmente, por terem origem e aparência semelhantes.
No Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), em Lages, já aguardam Moana com carinho. A retomada do projeto de cão-terapia, com visitas quinzenais, faz parte da política de humanização do hospital e contribui para a recuperação emocional dos pacientes e até da equipe médica.
A psicóloga do hospital, Helena Cristina da Silva, explicou como a presença de um cão “terapeuta” ajuda no ambiente de tratamento. Segundo ela, uma das principais mudanças observadas é a melhora no humor dos pacientes, que se sentem mais à vontade para interagir e brincar com o animal.
“Pacientes que estão há muito tempo acamados e com quadros de depressão e ansiedade estão mais próximos, mais desinibidos para interagir, brincar com ela. A gente vê um ambiente muito mais descontraído, leve, inclusive quando a equipe vê a Moana”, explica.
Segundo o Serviço de Controle de Infecções do HNSP, Moana recebe acompanhamento veterinário, está com todas as vacinas em dia, é desverminada e toma banho antes e depois de cada visita.
🐶Momo

Apelidada de Momo, a cadela foi escolhida aos 35 dias de vida a dedo por sua tutora, Giselle Dias. A escolha pela raça foi intencional e após passar por uma série de testes bem como de treinamentos, Moana recebeu a certificação para atuar como cão terapeuta.
Além disso, Giselle também é psicopedagoga e especialista internacional em Intervenções Assistidas por Animais.
“Como autista, já sou vista de forma diferente. E, infelizmente, os cães da raça dela também são. Então eu queria que ela mostrasse que somos muito mais do que os rótulos que colocam na gente”, explica.