Barra de Cotações
📅 Última atualização: qui., 21.08.25 – 13h03
💵 Dólar: R$ 5,490 ↗ (0,30%) | 💶 Euro: R$ 6,374 ↘ (0,07%) | 💷 Libra: R$ 7,375 ↗ (0,10%) | 🪙 Bitcoin: R$ 619.269,96 ↘ (1,06%) | ⛓️ Ethereum: R$ 23.282,21 ↘ (1,90%) | 🌕 Litecoin: R$ 626,61 ↘ (1,40%) | 🚀 Solana: R$ 1.009,27 ↗ (0,23%) 💵 Dólar: R$ 5,490 ↗ (0,30%) | 💶 Euro: R$ 6,374 ↘ (0,07%) | 💷 Libra: R$ 7,375 ↗ (0,10%) | 🪙 Bitcoin: R$ 619.269,96 ↘ (1,06%) | ⛓️ Ethereum: R$ 23.282,21 ↘ (1,90%) | 🌕 Litecoin: R$ 626,61 ↘ (1,40%) | 🚀 Solana: R$ 1.009,27 ↗ (0,23%)

A partir de agosto, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão receber atendimentos em hospitais e clínicas de planos de saúde. A medida integra o programa Agora Tem Especialistas, anunciado pelo Ministério da Saúde, e tem como objetivo reduzir as longas filas por atendimento especializado na rede pública.

Sendo assim, a iniciativa prevê que operadoras quitem dívidas com o SUS — que somam mais de R$ 1 bilhão — oferecendo serviços diretamente aos usuários do sistema público. Em um primeiro momento, cerca de R$ 750 milhões devem se converter em consultas, exames e cirurgias eletivas em sete especialidades prioritárias.

Quais pacientes do SUS estarão serão atendidos?

A nova parceria entre SUS e planos de saúde não permite que qualquer paciente escolha ser atendido em um hospital privado. O acesso seguirá o fluxo atual do SUS:

  1. O paciente procura uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
  2. O médico da UBS avalia a necessidade de atendimento especializado.
  3. A solicitação é inserida na central pública de regulação, gerida por estados ou municípios.
  4. A regulação define o local de atendimento, que poderá ser uma unidade da rede privada conveniada.

Dessa forma, a seleção dos pacientes seguirá critérios clínicos e de prioridade, com foco nas especialidades com maior demanda: oncologia, ortopedia, oftalmologia, ginecologia, otorrinolaringologia, cardiologia e cirurgia geral.

“O cidadão não vai precisar fazer nenhum movimento extraordinário. Ele estará sendo agendado e informado, inclusive por WhatsApp”, explica o diretor da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Rodrigo Oliveira.

Como estará sendo feita a adesão dos planos?

A participação das operadoras é voluntária. Para aderir, elas devem comprovar capacidade técnica e operacional e apresentar uma proposta de oferta de serviços. Essas propostas estarão sendo avaliadas pelo Ministério da Saúde, que verificará se as demandas do SUS na região estarão sendo atendidas.

A adesão estará sendo feita por meio da plataforma InvestSUS, e os atendimentos só começarão após aprovação da oferta e organização da regulação local.

Somente operadoras com capacidade para realizar mais de 100 mil atendimentos mensais poderão aderir ao programa. Em casos excepcionais, operadoras menores — com mínimo de 50 mil atendimentos/mês — também poderão participar, desde que atendam regiões com carência de serviços.

Por que planos vão atender pacientes do SUS?

A medida é uma forma de quitar dívidas de ressarcimento ao SUS. Pela legislação, quando um beneficiário de plano de saúde é atendido na rede pública, a operadora deve reembolsar os custos ao Fundo Nacional de Saúde. No entanto, muitas não fazem o pagamento, gerando um passivo bilionário.

Agora, essas dívidas poderão estar sendo convertidas em atendimentos diretos à população, em vez de pagamentos em dinheiro.

“Se o SUS atendeu um cliente seu, agora você vai atender o povo brasileiro”, diz Oliveira.

Como será o controle e a fiscalização?

Diretora-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carla Soares afirma que as operadoras continuarão sendo fiscalizadas e podem receber multas caso deixem de atender seus próprios clientes ou descumpram obrigações com o SUS.

“Não há espaço para que deixem de atender seus beneficiários para priorizar o SUS. O interesse é ampliar a capacidade de atendimento de forma integrada”, declara.

O programa também prevê um novo modelo de pagamento. Portanto, os planos só estarão sendo remunerados após entregarem todo o combo de serviços especializados, o que inclui consultas, exames e, se necessário, cirurgias.

Integração de dados: SUS e planos no mesmo sistema

Além da parceria para atendimentos, os dados dos pacientes da saúde suplementar passarão a se integrar à plataforma nacional do SUS. Dessa forma, será possível acessar o histórico de atendimentos — como consultas e exames — em um único sistema, facilitando a continuidade do cuidado e evitando a repetição de procedimentos.

O que esperar nos próximos meses?

Segundo o Ministério da Saúde, o programa é uma ação emergencial e estratégica para enfrentar o gargalo histórico na atenção especializada do SUS, agravado pela pandemia. “Estamos ampliando a oferta, mobilizando toda a estrutura possível para dar resposta rápida à população”, conclui Oliveira.

G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *