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Consumo de álcool — Foto: Isabella Mendes/Pexels

O consumo de álcool, mesmo em pequenas quantidades, pode aumentar o risco de demência ao longo da vida. A conclusão é de um estudo internacional publicado na revista científica “BMJ Evidence Based Medicine”. O estudo combinou dados observacionais e análises genéticas para tentar isolar os efeitos reais da bebida sobre o cérebro.

Durante muito tempo, alguns estudos apontaram que beber pouco poderia proteger o cérebro. Mas, segundo os novos dados, essa impressão provavelmente se deve a um engano estatístico chamado “causalidade reversa”.

Isso acontece porque pessoas que já estão começando a ter sinais de demência costumam reduzir naturalmente o consumo de álcool. Assim, quando os pesquisadores comparam, parece que quem bebe pouco está mais protegido. No entanto, na verdade, o que acontece é que alguns já estavam doentes e passaram a beber menos.

Os pesquisadores da Universidade de Oxford reuniram informações de 559 mil participantes de dois grandes biobancos. Estes biobancos são o “Million Veteran Program” (EUA) e o “UK Biobank” (Reino Unido). Os participantes foram acompanhados por até 12 anos. Nesse período, 14,5 mil pessoas desenvolveram algum tipo de demência.

A equipe aplicou dois tipos de abordagem:

No recorte estatístico, os pesquisadores identificaram que beber mais de 40 doses por semana esteve ligado a um aumento de 41% no risco de demência. Enquanto isso, pessoas com diagnóstico de dependência apresentaram um risco 51% maior em comparação a bebedores leves.

Nas análises genéticas, cada incremento de 1 a 3 doses semanais se associou a um risco 15% mais alto de desenvolver a doença. Além disso, o risco dobrado de dependência significou 16% mais chance de demência.

Em termos populacionais, os autores estimam que cortar pela metade a prevalência de dependência alcoólica poderia reduzir em até 16% os casos de demência.

Metodologia e ressalvas

O estudo teve pontos fortes, como o grande número de casos analisados e a inclusão de pessoas de diferentes perfis. O uso de métodos de genética populacional ajudou a reduzir vieses de confusão. Além disso, foi possível observar a trajetória do consumo ao longo da vida, identificando quedas mais acentuadas entre quem acabou desenvolvendo demência.

Entre as limitações, os autores citam o fato de os resultados mais robustos apareceram em participantes de ancestralidade europeia. Isso reduz a generalização para outros grupos.

Conclusão dos autores

Para os pesquisadores, a mensagem central é clara: “não há nível seguro de consumo de álcool para o cérebro”.

“Nossas descobertas apoiam um efeito prejudicial de todos os tipos de consumo de álcool no risco de demência. Não há evidências que sustentem o efeito protetor antes sugerido do consumo moderado”, afirmam Anya Topiwala (Universidade de Oxford) e colegas.

Eles acrescentam: “O padrão de redução do consumo de álcool antes do diagnóstico de demência observado em nosso estudo ressalta a complexidade de inferir causalidade. É importante a partir de dados observacionais, especialmente em populações idosas. Nossos achados destacam a importância de considerar a causalidade reversa e fatores de confusão residuais em estudos sobre álcool e demência. Isso sugere que reduzir o consumo de álcool pode ser uma estratégia importante de prevenção”.

G1

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