Na manhã desta terça-feira, a World Athletics, entidade máxima do atletismo mundial, confirmou que o campeão olímpico do salto com vara Thiago Braz está suspenso do esporte por 16 meses, o que o deixa fora das Olimpíadas de Paris 2024. A AIU considerou que o atleta brasileiro violou as Regras Antidoping do Atletismo Mundial ao testar positivo para a substância ostarina.

Marcelo Franklin, advogado do atleta, declarou que já entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte, buscando reduzir ainda mais a suspensão. “A decisão foi boa, porque queriam quatro anos e tivemos 16 meses. Estabelecemos que o Thiago não teve culpa, foi uma vítima da contaminação cruzada. Na semana passada, apelamos para a Corte Arbitral do Esporte porque ainda consideramos 16 meses desproporcional. A situação é de otimismo”, disse Franklin.

A Unidade de Integridade do Atletismo informou que inicialmente pediu a suspensão de quatro anos. Segundo a instituição, Thiago foi “imprudente” e agiu com “intenção indireta” ao desconsiderar os riscos do uso de suplementos feitos em farmácias de manipulação. No entanto, o Tribunal Disciplinar decidiu que não houve “falha ou negligência significativa”. Já que Thiago teria sido orientado pela sua equipe médica no consumo do suplemento.

Defesa de Thiago

O advogado defendeu na World Athletics que o atleta “foi vítima de contaminação de suplementos, uma violação não intencional, com ausência de culpa significativa, reduzindo a solicitada pena de 48 meses para apenas 16 meses de inelegibilidade.” Franklin acrescentou que a defesa está confiante em excluir a sanção ou reduzir ainda mais o período de inelegibilidade imposto, de modo a permitir a participação de Thiago nas Olimpíadas de Paris 2024.

Embora o veredito tenha sido revelado apenas nesta terça-feira, ele foi dado no dia 20 de maio, e a defesa de Thiago entrou com o recurso três dias depois, pedindo julgamento sumário. Não há ainda data marcada para o julgamento, mas Franklin acredita que ocorra em até 15 dias.

Marcelo Franklin, especialista em antidoping e direito esportivo, é conhecido por defender casos notáveis, incluindo o nadador Cesar Cielo em 2011. Recentemente, defendeu o zagueiro Manoel, do Fluminense, que foi suspenso por apenas oito meses pela Conmebol por ter testado positivo para ostarina. “É uma pena (oito meses, como Manoel) que permitiria a participação do Thiago nas Olimpíadas, por exemplo”, comentou Franklin.

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