
Com apenas 13 anos e 1,87 m de altura, a jovem Victoria Gama chama atenção pela convocação na seleção brasileira sub-17. Filha de mãe americana e de Valério Gama, ex-jogador de vôlei de praia, a atleta, que possui dupla nacionalidade, optou por jogar pelo Brasil, embora tenha se mudado para os Estados Unidos com oito anos.
– Eu tinha 12, 13 anos e chegou um e-mail no meu celular da USAV (Federação de Vôlei dos Estados Unidos). Eles falaram que antes de completar 14 anos, eu precisava escolher entre a seleção brasileira ou seleção dos Estados Unidos. Aí os meus pais sentaram comigo e perguntaram o que eu queria. Claro que eu queria jogar pelo Brasil, né? Eu sempre torci pelo Brasil.
Influência do Pai

Victoria começou no esporte por influência da família, principalmente pelo pai Valério Gama, ex-jogador de vôlei de praia no Brasil. Ela conta que desde pequena ele a incentivou com treinamentos e conselhos.
– Ele é meu treinador lá, sempre me treinou. Me incentiva muito para comer bem, fazer academia, sempre treinar, levar os estudos muito a sério, que é muito importante. Ele é muito bom nessa parte.
A emoção de ser convocada para a seleção não tem preço. A jovem conta que ficou surpresa ao ser escolhida para a equipe sub-17 mesmo sendo tão nova. Ela nem sabia que era conhecida no Brasil por jogar fora do país.
– Fiquei muito feliz, chorei muito com a minha família. Todo mundo ficou muito feliz. Eu esperava ser convocada, mas só quando eu fosse mais velha, não com 13 anos. Por eu estar jogando nos Estados Unidos, eu nem sabia que eles me conheciam.
Conhecendo a equipe do Brasil

Durante a pré-seleção para o Sul-Americano sub-17 em Saquarema, a jogadora teve a oportunidade de conhecer as atletas da equipe adulta de vôlei feminino do Brasil e expôs sua admiração por elas.
– Eu não queria perturbar elas muito, fiquei só assistindo, mas era uma loucura, andando lá, comendo e vendo a Gabi, a Julia Kudiess, eu a amo. Foi muito doido, mas eu tirei foto com eles, então foi bem legal.
Apesar de jogar nos Estados Unidos por tantos anos, Victoria revela o desejo de atuar na Superliga de Vôlei, no Brasil, e revela que já tem um clube em mente.

– Meu sonho é jogar na Superliga, eu quero muito jogar no Brasil um dia. Eu gosto muito do Minas e tive a oportunidade de entrar em quadra em um torneio com a base deles aqui nos Estados Unidos.
O Sul-Americano feminino sub-17 de vôlei, realizado no Peru, começa nesta quarta-feira, 17 de setembro, e vai até 21 de setembro, dia em que Victoria completa 14 anos. O Brasil está no grupo B junto com Venezuela, Argentina e Colômbia. As duas melhores equipes do grupo avançam às semifinais.