A tão aguardada negociação entre a 777 Partners e José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, pelos 70% da Sociedade Anônima do Vasco (SAF) estava próxima de se concretizar, mas acabou sendo interrompida por questões políticas e estratégicas.
Embora os termos financeiros estivessem próximos de um acordo, com a proposta de Lamacchia de desembolsar cerca de US$ 110 milhões para adquirir os 70% detidos pelos americanos, a situação mudou drasticamente com a batalha judicial entre a 777 e a associação vascaína na semana passada.
A Crefisa, representada por Lamacchia, estava disposta a assumir as obrigações financeiras do acordo de acionistas estabelecido entre a 777 e a associação vascaína, além de realizar o pagamento proposto. No entanto, divergências surgiram quanto às condições de pagamento, com os americanos preferindo um pagamento integral à vista, enquanto Lamacchia negociava um parcelamento em duas partes.
A questão política também teve um papel crucial na interrupção da negociação. A crescente pressão sobre Leila Pereira, presidente do Palmeiras e esposa de Lamacchia, em relação ao envolvimento da Crefisa na compra do Vasco, levou à decisão estratégica de retirar a empresa das negociações. Lamacchia reconheceu que não poderia prejudicar Leila, que tem interesse em permanecer na presidência do Palmeiras, e optou por evitar conflitos de interesse.
Com a saída da Crefisa da mesa de negociações, o Vasco agora busca novos compradores para os 70% detidos pela 777 Partners, iniciando uma nova etapa no processo de reestruturação e busca por investimentos do clube.
