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O selo encontrado na mão de sua ‘descobridora’, Ziv, de 3 anos — Foto: Emil Aladjem/Autoridade de Antiguidades de Israel

No início de março, durante uma viagem para Tel Azeka, a 30 km de Jerusalém, Ziv Nitzan, uma menina de apenas três anos, encontrou um antigo amuleto de escaravelho entre as rochas de uma trilha. De acordo com um comunicado emitido pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), na terça-feira, 1º de abril, a relíquia tem aproximadamente 3.800 anos. Ela pertence à Idade do Bronze.

“Estávamos caminhando quando Ziv se abaixou e, dentre todas as pedras ao seu redor, pegou uma em particular”, conta Omer Nitzan, irmã de Ziv. “Ela a esfregou e removeu toda a areia de cima dela. Com isso, vimos que havia algo muito diferente nela – parecia um achado arqueológico”.

Com o auxílio dos pais, as crianças comunicaram então a descoberta para a Autoridade de Antiguidades de Israel, que acionou Semyon Gendler, arqueólogo do distrito de Judá, para verificar o material. O especialista analisou o objeto e confirmou se tratar de um amuleto de escaravelho.

Amuletos de escaravelho

Conforme Daphna Ben-Tor, especialista em itens antigos, a relíquia era, especificamente, um escaravelho cananeu da Idade do Bronze Médio. “Naquele período, os escaravelhos eram usados como selos e amuletos. Eles eram encontrados em sepulturas, prédios públicos e casas particulares. Às vezes, eles carregam símbolos e mensagens que refletem crenças religiosas ou status”.

Originários do Egito Antigo, as joias representavam besouros rola-bosta, insetos considerados sagrados. Enxergavam os bichos como símbolos do renascimento e de nova vida. Isso por conta de sua estratégia de criar bolas de esterco e, ali, depositar os seus ovos. Os filhotes poderiam se alimentar dos nutrientes.

Ainda mais, o nome em egípcio desses animais vem do verbo “vir a ser” ou “ser criado”. Isso porque, no passado, os cananeus viam o escaravelho como uma encarnação divina.

Segundo o site Ancient Origins, os cananeus eram um grupo diverso de povos de língua semítica. Se caracterizava sua civilização por uma mistura de populações urbanas estabelecidas e grupos pastorais nômades. Eles viveram onde hoje estão Israel, Jordânia, Líbano e Síria – o chamado “Levante”.

Sítio de Tel Azeka

O local onde encontraram o amuleto, em Tel Azeka, no “Levante”, tem grande significado histórico e é, inclusive, mencionado na Bíblia. Nela, consta que o espaço foi palco da lendária batalha entre Davi e o gigante Golias, descrito na passagem Samuel 17:1.

Há 15 anos, a região está sob escavações conduzidas por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv. Já escavaram vários artefatos históricos por ali e oferecem informações ricas sobre como era a vida há milhares de anos.

“Em Tel Azekah prosperou uma das cidades mais importantes nas Terras Baixas da Judeia”, afirma Oded Lipschits, diretor das operações no sítio arqueológico. “O escaravelho encontrado por Ziv se junta a uma longa lista de achados egípcios e cananeus descobertos aqui. Eles atestam os laços estreitos e as influências culturais entre Canaã e o Egito durante esse período”.

Por sua descoberta, agraciaram a pequena Ziv com um certificado de apreciação por boa cidadania. Já encaminharam o item para novos estudos. Posteriormente, a ideia é que incluir ele em uma exibição especial no Campus Nacional Jay e Jeanie Schottenstein, um futuro edifício de exposições da Autoridade de Antiguidades de Israel.

Galileu

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