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📅 Última atualização: qua., 06.08.25 – 13h41
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O Urban Dictionary define o vínculo DADT como “uma estrutura de relacionamento em que uma pessoa em um casal tem permissão para ter relações sexuais ou românticas com outras pessoas, com a condição de que seu parceiro desconheça tais relações. Adicionalmente, não deve conhecer nenhuma dessas outras pessoas”. A sigla representa a frase “Don’t Ask, Don’t Tell” (“não pergunte, não conte”, em tradução livre).

Nesses relacionamentos, o acordo é que ambos os membros consentem em uma dinâmica. Nessa dinâmica, são livres para buscar e participar de outros vínculos — sejam eles românticos ou íntimos —, com a exceção de não falar sobre eles. Essa falta de transparência é o que o diferencia precisamente de outros tipos de acordos não monogâmicos.

Os DADT desafiam a franqueza e a honestidade que normalmente se incentivam na não monogamia. O objetivo? Quem o implementa garante que o objetivo é evitar falar sobre assuntos que possam gerar desconforto, ciúmes ou tensões no relacionamento.

O pano de fundo das relações não monogâmicas

Para refletir o boom dos relacionamentos abertos, o aplicativo de encontros Gleeden revelou em um relatório publicado meses atrás que 52% dos argentinos entrevistados já experimentaram relações fora da monogamia. As formas mais comuns dessa experiência, de acordo com eles, são a infidelidade (27%) e os relacionamentos abertos (26%). A tendência não se limita às gerações mais jovens; o relatório indica que pessoas com mais de 50 anos também estão desafiando os estereótipos e adotando novas formas de se relacionar.

— O vínculo monogâmico e o casamento perderam a obrigatoriedade. Anos atrás, eram formas de relacionamento que atravessavam absolutamente todos os vínculos e os tornavam socialmente adequados e aceitos — explica Sandra López, sexóloga e licenciada em Psicologia.

Do seu ponto de vista, essas novas dinâmicas não são totalmente novas: sempre existiram, só que agora são vistas de forma mais permissiva.

Essa mudança na forma de se relacionar, aponta a especialista, responde às gerações que cresceram observando e criticando como os relacionamentos de seus pais e avós eram estruturados em torno de compromissos rígidos e papéis tradicionais. Isso é algo que atualmente grande parte do público jovem considera obsoleto e distante.

Contexto nunca antes visto

Também pode ser o reflexo da necessidade de nomear novas formas de amar, se relacionar e se desapegar. Elas surgem em um contexto nunca antes visto: uma sociedade atravessada pela tecnologia, pelas redes sociais e por uma maior busca pela liberdade pessoal. Siglas e neologismos como DADT não apenas descrevem comportamentos, mas também possibilitam conversas mais abertas sobre consentimentos, limites e expectativas nos relacionamentos.

A psicóloga Victoria Almiroty reconhece a tendência para a informalidade e a não monogamia. Além disso, destaca como fator importante nessa mudança social a distorção que surge com o uso da tecnologia:

— Há uma necessidade de imediatismo, de que as coisas cheguem já e agora. Querem que tudo seja rápido, mas um vínculo é como na cozinha… realizado em fogo brando.

O GLOBO

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