O nível do rio Guaíba, no Rio Grande do Sul, permanece uma preocupação para as autoridades locais. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), às 11h desta quarta-feira, 15, o rio atingiu a marca de 5,19 metros, com uma pequena estabilidade nas últimas 12 horas.
Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a Defesa Civil do Estado, a tendência é de manter esse comportamento ao longo do dia, devido ao lento escoamento da cheia vinda das bacias contribuintes. Isso significa que o Guaíba deve permanecer em níveis elevados, prolongando a cheia ao longo desta semana.
Na terça-feira, 14, às 8h, o rio Guaíba estava em 5,20 metros, resultando no retorno da água às ruas da capital Porto Alegre. O bairro Lami, na Região Sul, foi um dos mais atingidos e precisou ser parcialmente evacuado. No mesmo dia, às 15h, o rio registrou um nível de 5,23 metros.No último dia 5, o rio atingiu seu pico, alcançando 5,30 metros, o que representa o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul.
Embora nas últimas 24 horas não tenham sido registrados volumes significativos de chuvas no Estado, ainda há propagação das cheias na Região Hidrográfica do Guaíba. O rio Jacuí apresenta níveis elevados, assim como os rios Taquari e Caí, que estão diminuindo seus níveis. Já o rio dos Sinos está em elevação, enquanto o rio Gravataí mostra um lento declínio. A Lagoa dos Patos continua com níveis elevados, exigindo observação constante.
Situação
Em relação à situação humanitária, o número de pessoas abrigadas no Rio Grande do Sul diminuiu para 76.580, conforme o último balanço da Defesa Civil. No entanto, os temporais que afetam o estado desde o final de abril já causaram 149 mortes e afetaram mais de 2,1 milhões de moradores em 446 municípios gaúchos. Mais de 76 mil resgates já foram realizados, mas 108 pessoas ainda estão desaparecidas devido às inundações.
