O lançamento do pix por aproximação teve confirmação nesta terça-feira, 29 de outubro, pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Um evento na próxima segunda-feira (4), em São Paulo, vai reunir porta-vozes do Google e do Banco Central em uma mesa redonda. Sendo assim, a nova parceria entre o pix e o Google permitirá aos usuários realizar transferências de valores e pagamentos por meio do Google Pay.
Conforme frisou Campos Neto, no Lide Brazil Conference, que está sendo realizado em Londres, “O pix vai conseguir fazer todas as funções que o cartão de crédito faz hoje, de forma muito mais barata e eficiente.”
Regras
O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovaram as regras do pix por aproximação em julho. A funcionalidade vai ser similar ao do uso do cartão de crédito por aproximação. A expectativa é que em fevereiro de 2025 o meio de pagamento instantâneo esteja presente nas “wallets”, as carteiras digitais, e, com isso haja mais comodidade e eficiência nos pagamentos por pix, já que haverá uma conexão direta da carteira com o banco, o que vai reduzir as etapas nos pagamentos on-line.
Um dos casos em que o pix por aproximação poderá ser usado pelas pessoas é em compras no e-commerce. Com a nova funcionalidade, o cliente não terá necessidade de sair do ambiente da loja e acessar o app do banco para concluir a transação. Será possível concluir diretamente na página do lojista a partir de uma pré-autorização. Ao salvar uma chave pix para futuras compras, a conta ficará vinculada.
O pagamento por aproximação com pix é possível por meio da chamada Jornada de Pagamentos sem Redirecionamento (JSR), uma das inovações trazidas pelo open finance, o sistema financeiro aberto. Sobre o open finance, o presidente do Banco Central apontou que o ecossistema de inovação brasileiro “é mais aberto, o que tem mais produtos no mundo e o que evoluiu mais rápido”.
Outras novidades
Desde a última segunda, 28 de outubro, todos os bancos que participam do arranjo pix estão obrigados a ofertar o pix agendado recorrente. Dessa forma, a funcionalidade permite agendar pagamentos que têm valor fixo, como mesada, professor particular, doações, entre outras remessas.
O BC decidiu torná-lo obrigatório para todos os bancos em resolução publicada em dezembro de 2023 e atualizada em julho. A oferta do serviço era facultativa até então. Com o pix agendado recorrente, tanto o usuário pessoa física quanto a jurídica podem usar o mecanismo de transferências de valores para outros destinatários. Os valores das remessas serão sempre fixos e feitos na data escolhida por ele.
Além dessa novidade, ainda nessa semana começam a valer as novas regras visando uma maior segurança para o uso da ferramenta.
A partir de sexta-feira (1º de novembro), o valor limite para transações pix será de até R$ 200 por operação quando o pagamento ou a transferência for feito de um celular ou de um computador não cadastrados. O cadastro se aplica apenas para dispositivos de acesso que nunca tenham sido utilizados para iniciar uma transação ou quando a pessoa queira usar uma outra chave.
Sem o cadastro, o usuário só poderá usar o limite diário de R$1.000 via pix.