A polícia deteve duas mulheres em flagrante após elas tentarem extorquir dinheiro simulando seus próprios sequestros. A ação, que teve desdobramentos surpreendentes, resultou na prisão da dupla após uma investigação minuciosa realizada pela Polícia Civil.
O caso começou então a se desenrolar quando a mãe de uma das mulheres, uma professora aposentada, procurou as autoridades para relatar o suposto sequestro de sua filha, ocorrido na noite anterior. Imagens chocantes enviadas para o celular da mãe, mostrando a filha com ferimentos pelo corpo, levaram a professora a temer pela vida da filha e buscar ajuda policial.
Entretanto, a investigação revelou que tudo não passava de uma fraude elaborada pelas próprias mulheres. Os cortes visíveis nas imagens foram, contudo, autoinfligidos pelas criminosas com o uso de um estilete. Ainda mais um dos números de telefone utilizados para o contato veio diretamente do celular da filha supostamente sequestrada, o que levantou suspeitas sobre a veracidade do incidente.
No sábado, as mulheres retornaram à residência da professora, afirmando que os sequestradores estavam à espera do resgate. No entanto, o Grupo de Operações Especiais (GOE) coordenou uma ação que interceptou o plano antes que pudesse ser executado. Durante a abordagem, as mulheres tentaram incriminar os motoristas da van que as haviam levado, alegando que estes seriam os sequestradores.
O delegado Jorge Pinto, subchefe do GOE, esclareceu que uma das mulheres, que feriu o próprio corpo, já possui antecedentes criminais por tráfico de drogas. A rápida intervenção policial frustrou a tentativa de extorsão, que visava angariar a quantia de R$ 50 mil.
O caso, além de peculiar, destaca a importância da investigação meticulosa para desvendar crimes complexos como este, demonstrando a eficácia das forças de segurança na proteção da população contra diversas modalidades de crime.