Durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, o ministro de Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, fez declarações contundentes sobre a situação em Gaza, criticando veementemente a ocupação israelense na região e condenando os ataques na Faixa de Gaza, especialmente aqueles perpetrados pelo Hamas.
Almeida expressou sua profunda indignação com os acontecimentos em Gaza. Destacou que o Brasil tem reiteradamente condenado os ataques e exigido a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos na região.
Além disso, o ministro defendeu a necessidade de se estabelecer um Estado Palestino Livre e soberano que possa coexistir pacificamente com Israel. Enfatizou que essa é uma condição indispensável para alcançar a paz na região.
Ele também instou Israel a cumprir integralmente com as medidas emergenciais determinadas pelo tribunal da ONU para cessar as graves violações dos direitos humanos na região. Citando o artigo II da Convenção de 1948 sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, Almeida justificou sua posição, destacando os atos considerados como genocídio pela convenção.
Brutalidade de Israel
O ministro Silvio Almeida também condenou veementemente a flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel. O qual tem resultado em uma espécie de punição coletiva, causando um grande número de vítimas palestinas, incluindo mulheres e crianças.
Por fim, Almeida reiterou a posição do Brasil de se opor firmemente a toda forma de antissemitismo e islamofobia. Destacou também a importância de promover o respeito aos direitos humanos e à paz na região.
Essas declarações do ministro brasileiro surgem em meio a um contexto de crescente tensão entre Brasil e Israel. Com o ex-presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), classificando recentemente as ações de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio” e “chacina”. Esta retórica levou a um impasse diplomático entre os dois países, com Israel declarando Lula como persona non grata após suas declarações polêmicas.
O pronunciamento de Almeida certamente terá repercussões significativas no cenário internacional, reforçando o compromisso do Brasil com os princípios dos direitos humanos e da paz global.