Skarlete Melo, a influenciadora digital residente em Fortaleza, foi presa na última sexta-feira, 15 de dezembro, por sua participação na promoção do “Jogo do tigrinho”, um jogo de azar ilegal. O delegado responsável pela operação, que resultou na prisão dela e de seu companheiro, Erick Costa, revelou que Skarlete recebia uma considerável quantia de R$ 250 mil semanalmente para promover a plataforma ilícita.
A prisão ocorreu em um hotel de luxo na capital cearense, onde o casal planejava um evento de lançamento para uma plataforma de jogos de azar proibidos. O casal, que havia alugado diversos quartos para hospedar convidados, ostentava uma vida luxuosa, como evidenciado pela apreensão de um Porsche na mansão, avaliado em R$ 475 mil. A operação também incluiu o cumprimento de 10 mandados de prisão no Ceará e Maranhão.
O “Jogo do tigrinho” é conhecido por ser irregular, e a divulgação dele é considerada crime. Apostadores que utilizam o Fortune Tiger, nome do jogo, relatam frequentes perdas, sem possibilidade de vitória. Influenciadores digitais, como Skarlete, são remunerados para promover a plataforma, constituindo uma atividade criminosa.
Não é a primeira vez que operações desse tipo acontecem. Em setembro, a polícia do Maranhão realizou ações contra influenciadores envolvidos na promoção ilegal do jogo de azar. Com a pressão aumentando, os divulgadores migraram para o Ceará, onde continuaram suas atividades ilegais.
O jogo do tigrinho já era considerado irregular antes da nova legislação estadual n.º 12.099, que tornou mais severas as penalidades para influenciadores, sujeitando-os a sanções administrativas, incluindo multas substanciais de até R$ 1 milhão. Isso acentua as consequências para aqueles que participam de atividades relacionadas a jogos de azar proibidos, tornando a legislação mais rigorosa e a fiscalização mais eficaz.
