Durante o carnaval de Pernambuco, ao menos 29 pessoas buscaram atendimento hospitalar após relatar terem sido vítimas de “agulhadas”. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Hospital Correia Picanço, localizado na Tamarineira, Zona Norte do Recife, conhecido por sua especialização no tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), tratou todos os casos.
Dos 29 pacientes atendidos, 16 eram mulheres e 13 eram homens, revelando que a violência não distingue gênero. Os atendimentos ocorreram entre os dias 9 e 15 de fevereiro, durante os dias de festa do carnaval. Registrou-se a maioria dos incidentes em Olinda, enquanto outros seis ocorreram durante o desfile do Galo da Madrugada, no Centro do Recife, em 10 de fevereiro, e sete no Marco Zero, principal polo de shows da capital pernambucana. Cinco casos não tiveram o local divulgado.
A Secretaria Estadual de Saúde relatou, por meio de nota, que, de acordo com o relato no momento do atendimento na unidade, eles foram vítimas de furadas provocadas por agulhas em diversos focos de folia no Recife e em Olinda.
No Hospital Correia Picanço, todas as vítimas foram submetidas ao protocolo de risco de contrair o HIV. O atendimento é oferecido gratuitamente a qualquer pessoa que busque a unidade. Ao passo que, incluiu atendimento clínico, coleta de exames, prescrição de medicamentos e entrega de Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP).
“Ambulatório especializado do próprio serviço de saúde irá acompanhar todos os pacientes. Onde realizarão a repetição dos exames com 30 e 90 dias pós-exposição, respectivamente”, destacou a SES.
Carnaval de Pernambuco: anos anteriores
Em 2019, quase 300 pessoas buscaram tratamento no Hospital Correia Picanço após serem vítimas de “agulhadas” no carnaval. No entanto, em 2020, o número diminuiu para 215 denúncias, mas a preocupação persiste.
Em 2019, a PC chegou a divulgar retratos falados de suspeitos, porém nenhum deles foi preso.