Homem algemado

Caseiro negro: Médico que filmou homem acorrentado é condenado

Blog Brasil Policial

A justiça condenou o médico Márcio Antônio Souza Júnior a pagar uma indenização de R$ 300 mil por prática de racismo, após ele filmar um caseiro negro acorrentado em sua fazenda na cidade de Goiás.Na época, o médico classificou a ação como uma ‘zoeira’, gerando indignação com o vídeo divulgado nas redes sociais.

O caso ocorreu em 15 de fevereiro de 2022, na Fazenda Jatobá, onde o caseiro negro acorrentado trabalhava como caseiro, recebendo um salário mínimo. Segundo as investigações, Márcio encontrou os apetrechos na igrejinha da fazenda, acorrentou o trabalhador, gravou o vídeo pelo celular e o publicou nas redes sociais.

Durante as imagens, o médico fez comentários de cunho racista, como “Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala”. Após a repercussão negativa, o médico publicou outro vídeo afirmando que não teve a intenção de ofender, alegando que se tratava de uma encenação teatral.

No entanto, a Polícia Civil investigou o caso e indiciou o médico por racismo em março de 2022. Nesta segunda-feira, dia 26 de novembro, a juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, da Vara Criminal da comarca de Goiás, proferiu a condenação, destacando que racismo é crime e não pode ser considerado uma brincadeira.

A Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas receberão a indenização de R$ 300 mil.

A defesa do médico alega sua inocência e afirmou que recorrerá da decisão, destacando que não houve intenção de promover atitudes racistas. Enfim, a condenação reforça a importância de combater e punir práticas discriminatórias que perpetuam o preconceito racial na sociedade.

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