Inflação tem alta em agosto com aumento da luz

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Inflação foi puxada pelo setor de energia elétrica residencial, enquanto grupo de Alimentação e Bebidas continua em queda.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou uma inflação de 0,23% em agosto, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números foram divulgados na terça-feira, 12 de setembro.

A elevação, embora modesta em termos percentuais, é significativa, especialmente quando comparada ao mês anterior, quando o IPCA registrou uma alta de apenas 0,12%.

O principal responsável por esse movimento foi o aumento acentuado na conta de energia elétrica residencial, que subiu 4,59% em agosto.

O aumento teve um impacto considerável no índice geral, contribuindo com 0,18 ponto percentual para a subida do IPCA.

O motivo do aumento da energia elétrica

A surpreendente elevação nas contas de luz está relacionada ao fim da incorporação do bônus de Itaipu, um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022.

Há dois meses, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia anunciado um bônus de R$ 405,4 milhões. O bônus foi incorporado nas contas de luz desse mês. A medida resultou numa queda de 1,01% no grupo Habitação.

No entanto, em agosto, esse bônus foi retirado das contas de luz, levando a um aumento expressivo no custo da energia elétrica residencial.

Apesar dessa alta, vale destacar que o IPCA em agosto ficou ligeiramente abaixo das projeções do mercado financeiro, que esperava uma elevação de 0,29% no mês.

O desempenho mostra que, apesar das pressões inflacionárias, a economia brasileira ainda apresenta alguma resiliência.

Outro destaque é o grupo de Alimentação e Bebidas, que continua em queda, registrando uma deflação de 0,85% em agosto.

Ou seja, é o terceiro mês consecutivo de queda nesse grupo, impulsionado principalmente pelos preços dos alimentos no domicílio, que tiveram uma queda de 1,26% no mês.

Dessa forma, a inflação no Brasil segue como um indicador a ser observado de perto. Pois, mesmo que o IPCA de agosto não tenha ultrapassado as expectativas do mercado, ele ainda sinaliza pressões inflacionárias que afetam o bolso do consumidor.

Logo, o aumento nas contas de luz e a persistente queda nos preços dos alimentos são fatores que continuam a moldar o cenário econômico do país, exigindo uma gestão cuidadosa por parte dos economistas e uma atenção maior por parte dos consumidores.

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