Na manhã desta quinta-feira, 8 de fevereiro, a Polícia Federal realizou uma operação em Brasília que resultou na apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os agentes encontraram o documento em seu escritório, na sede do Partido Liberal (PL), onde estavam cumprindo mandados de busca e apreensão.
O advogado do ex-presidente, Paulo Bueno, confirmou a informação, bem como relata que a certidão de entrega do passaporte já foi emitida.
A ação da Polícia Federal faz parte de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. Segundo informações, uma minuta golpista previa a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, bem como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A operação, embasada em decisão de Alexandre de Moraes, proíbe todos os alvos, incluindo o ex-presidente, de se comunicarem entre si.
Dentre os alvos da operação estão militares e ex-ministros do governo Bolsonaro, como o General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil; General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça, entre outros.
Além disso, as autoridades cumpriram mandados de prisão, incluindo ex-assessores especiais do ex-presidente e militares do Exército.
O desdobramento dessa operação continua sendo acompanhado de perto pela mídia e pela opinião pública, em um momento de intensa polarização política no Brasil.