Um idoso de 71 anos faleceu nesta segunda-feira, 25 de setembro, após sofrer um mal súbito em frente ao Mercado Municipal de Juazeiro do Norte, na região do Cariri cearense. O incidente ocorreu no meio da rua, com uma temperatura de 37°C, e uma funerária recolheu seu corpo do chão da via após aproximadamente três horas.
Sol forte pode ter relação com mal súbito?
Segundo testemunhas, algumas pessoas acreditam que a causa do mal súbito do idoso possa ter sido o calor intenso. No entanto, ainda não há informações oficiais do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) sobre a causa da morte e se há relação com as altas temperaturas.
Conforme um registro realizado por uma testemunha, é possível observar que algumas pessoas tentaram ajudar o idoso, criando sombra com um pedaço de papelão. Eles utilizaram um pequeno ventilador próximo à sua cabeça.
O corpo do idoso ficou na rua Santa Luzia, esquina com a rua São Paulo, das 9h30 da manhã até cerca de 12h30, quando uma funerária recolheu o cadáver e o encaminhou para o SVO.
Embora o SAMU tenha sido chamado para prestar socorro, quando a equipe chegou ao local, o homem já havia falecido. O idoso era natural do Crato, mas vivia na cidade de Granjeiro, também na região do Cariri. As circunstâncias que o levaram a Juazeiro do Norte, onde veio a óbito, ainda são desconhecidas.
Onda de calor no Ceará
A princípio, na segunda-feira, 25 de setembro, quatro cidades do Ceará registraram temperaturas extremamente elevadas, variando entre 39°C e 40,2°C. Essas altas temperaturas afetaram as cidades de Sobral (Região Norte), Jaguaribe (Vale do Jaguaribe), Aiuaba (Sertão dos Inhamuns) e Barro (Região do Cariri).
De acordo com o SAMU, somente em Juazeiro do Norte, entre 7h e 14h desta segunda-feira, foram atendidas mais de 20 ocorrências relacionadas ao calor.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) destaca que os meses de setembro, outubro e novembro são historicamente os mais quentes no Ceará. A fundação destaca o período da tarde, conhecido popularmente como “Br-O-Bró”, como mais crítico.