Marcha

15ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia reúne milhares em Areial

Blog Nordeste Paraíba

Nesta sexta-feira, 15 de março, cerca de 5 mil mulheres se reuniram em Areial, Paraíba, para participar da 15ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. O evento, organizado então pelo Movimento de Mulheres do Polo da Borborema, tem como objetivo refletir sobre a importância da Caatinga para o enfrentamento da emergência climática.

Com o tema “Mulheres em defesa do território: Caatinga viva, floresta em pé”. A marcha ocorreu na véspera do Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas (16 de março). Contudo a concentração teve início na Praça Teotônio Barbosa às 8h, seguida por uma caminhada pelas ruas de Areial e um ato político com lideranças locais.

Segundo Gizelda Beserra, o evento não apenas representa um dia de luta, mas também é libertador para muitas mulheres. “Muitas mulheres que vêm para a marcha dizem que não voltam a mesma mulher. Ela volta a uma mulher que se libertou, ela gritou, ela ecoou sua voz em com várias outras mulheres”, destacou.

Historia da Marcha

A Marcha é realizada desde 2010 e a cada ano acontece em um dos municípios de atuação do Polo da Borborema. Além de Areial, fazem então parte do Polo as cidades de Solânea, Algodão de Jandaíra, Arara, Casserengue, Remígio, Esperança, Montadas, São Sebastião de Lagoa de Roça, Lagoa Seca, Alagoa Nova, Massaranduba e Queimadas.

Um dos principais dilemas discutidos durante a marcha é o impacto das indústrias de energia renovável nas comunidades rurais da região. As mulheres então destacam a importância de modelos descentralizados de geração de energia social e ambientalmente viáveis. Contudo a instalação de parques industriais na Caatinga tem prejudicado o bioma.

A violência no campo também é uma questão central para as participantes da marcha. Roselita Vitor, outra coordenadora do evento, ressaltou que o movimento não apenas denuncia as mazelas ambientais, mas também dá voz às vítimas de violência. “A marcha tem cumprido um papel fundamental na vida das mulheres. […] Isso é fundamental para a emancipação dos sujeitos!”, afirmou.

O evento ocorre em um momento em que o Brasil foi julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por violações de direitos humanos na Paraíba, incluindo casos de assassinato e desaparecimento de trabalhadores rurais. A marcha busca fortalecer a luta por direitos e a preservação do meio ambiente, além de promover a conscientização sobre mudanças climáticas e a importância da Caatinga para o ecossistema brasileiro.

Blog do Halder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *