Nesta quinta-feira, 18 de abril, a Justiça da Paraíba concedeu prisão domiciliar ao padre Egídio de Carvalho, considerando seu estado de saúde delicado. O juiz José Guedes Cavalcanti, proferiu a decisão após analisar documentos médicos que comprovaram a condição debilitada do réu.
O padre encontrava-se internado em um hospital particular após passar mal na Penitência Especial do Valentina Figueiredo. A defesa do padre fez a solicitação de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, argumentando sua condição de saúde.
O juiz José Guedes Cavalcanti, ao analisar o pedido, considerou a internação prévia na UTI do hospital particular e os demais problemas de saúde do acusado como justificativa para a prisão domiciliar. O Ministério Público também opinou favoravelmente à medida.
O padre só poderá efetivar a prisão domiciliar após utilizar uma tornozeleira eletrônica, uma das medidas cautelares estabelecidas pela decisão. Ele deverá cumprir um conjunto de cinco medidas cautelares.
A investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba aponta que o padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa responsável pelo desvio de recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Os desvios, que totalizam R$ 140 milhões, teriam sido utilizados para aquisição de bens de luxo e reformas, além de outros fins pessoais.
Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas, também estão sendo investigadas por suposto envolvimento no esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital.
