Nesta terça-feira, 19 de março, Javier Milei, presidente da Argentina, completa 100 dias de governo em meio a uma mistura de avanços e desafios. Desde que assumiu o cargo em dezembro passado, o país tem enfrentado uma série de mudanças significativas, especialmente no campo econômico.
Em termos econômicos, a Argentina registrou dois superávits consecutivos após anos de déficits regulares, sinalizando uma melhora nas finanças do país. No entanto, apesar desses sinais positivos, a nação ainda vive uma das piores crises de sua história, com altos índices de inflação e uma parte significativa da população enfrentando condições de pobreza.
O governo de Milei tem sido marcado por uma abordagem ultraliberal, prometendo uma revolução na política econômica. Embora algumas medidas tenham contribuído para controlar a inflação, um duro ajuste fiscal resultou no aumento da pobreza e afetou negativamente o setor de consumo.
As medidas de Milei
No campo político, as primeiras medidas do presidente conseguiram trazer algum equilíbrio às contas públicas em apenas três meses de gestão, aumentando a credibilidade do governo e também sua popularidade. No entanto, Milei enfrenta desafios internos, com conflitos em sua própria base de apoio, ameaçando sua governabilidade.
Além das questões econômicas, a Argentina também enfrenta um aumento preocupante da violência urbana, especialmente na cidade de Rosário. Nas últimas semanas, houve uma escalada sem precedentes de violência, com relatos de crimes aleatórios nas ruas e toques de recolher espontâneos.
Outro ponto de tensão são as questões sociais, incluindo demissões, aumentos de preços e tarifas de serviços públicos devido à remoção de subsídios.
Ao assumir o governo, Milei destacou a gravidade da situação que herdou, afirmando que nenhum governo anterior enfrentou desafios tão complexos. Enquanto o país continua navegando por águas turbulentas, os argentinos aguardam para ver como o presidente Milei irá abordar os desafios que se apresentam à sua administração.