Um caso de venda de atestados médicos falsos chocou então a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Ipojuca, no Grande Recife. A polícia prendeu em flagrante um técnico em enfermagem, identificado como Guilherme Luiz Lima, de 23 anos, após denúncias de comercialização de documentos fraudulentos. Segundo as autoridades, ele cobrava até R$ 70 por cada atestado, dependendo do número de dias que a pessoa desejava ficar ausente do trabalho.
A prisão ocorreu após uma denúncia de um empresário à Delegacia de Porto de Galinhas. Ele ficou surpreso com a quantidade de atestados apresentados por seus funcionários em poucos dias, todos provenientes da UPA de Ipojuca, ao invés da unidade de Porto de Galinhas, onde residem. A polícia então decidiu investigar e descobriu que uma mulher estava programada para receber atestados na UPA de Ipojuca. Ao chegar ao local, os policiais flagraram a ação e o técnico em enfermagem confessou o crime.
Guilherme Luiz Lima estava com diversos atestados médicos em branco e carimbos contendo os nomes de dois médicos da unidade de saúde. Durante as investigações, descobriu-se que o suspeito não era um funcionário efetivo da Secretaria Municipal de Saúde; ele estava substituindo ilegalmente profissionais do quadro fixo da UPA.
Guilherme Luiz Lima foi encaminhado para a Delegacia de Porto de Galinhas, onde foi autuado em flagrante pelo crime de falsidade ideológica. Em seguida, ele compareceu à audiência de custódia para os procedimentos legais cabíveis. O caso chama atenção para a importância do combate à corrupção e à fraude, especialmente em setores tão sensíveis como o da saúde pública.
