Uma tragédia abalou o mundo jurídico em Pernambuco na noite da quinta-feira, 19 de outubro de 2023, quando o juiz Paulo Torres Pereira da Silva, carinhosamente conhecido como Paulão, teve sua vida ceifada a tiros. O crime ocorreu no bairro de Candeias, no município de Jaboatão dos Guararapes, localizado no Grande Recife.
Pessoas ainda não identificadas alvejaram o Juiz Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, às 20h18 na Rua Maria Digna Gameiro, próximo à esquina com a Rua José Olímpio da Cunha. A princípio, o magistrado estava retornando para casa quando foi surpreendido por criminosos que chegaram em um veículo Ônix vermelho e abriram fogo contra ele. Em seguida aos disparos, os agressores fugiram da cena do crime.
Imediatamente acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Jaboatão, que compareceu ao local, mas, infelizmente, o juiz do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) já estava sem vida. O impacto dessa tragédia reverberou em todo o estado de Pernambuco e deixou a comunidade jurídica de luto.
Todos que fazem parte do Judiciário pernambucano amplamente respeitavam e queriam um bem enorme a Paulo Silva. Ele atuava na 21ª Vara Civil do Recife e dedicou quase 34 anos de sua vida à magistratura. Além de seu papel como juiz, em várias ocasiões, atuou como desembargador substituto, contribuindo significativamente para o sistema de justiça do estado.
Reações a morte do Juiz Paulo Torres
Em reação a essa tragédia, o TJPE emitiu uma nota oficial onde manifesta seu profundo pesar pela perda do juiz e envia condolências aos familiares, parentes e amigos da vítima. O tribunal enfatizou que o magistrado era extremamente querido por todos que compõem o Judiciário pernambucano. Além disso, o TJPE se comprometeu a cooperar com as autoridades policiais de Pernambuco para garantir o rápido esclarecimento do crime e a punição dos responsáveis.
A Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe) também emitiu uma nota expressando solidariedade a todos os familiares e amigos de Paulo Torres Pereira da Silva. Conforme nota, a Amepe repudiou veementemente a violência que resultou na morte do magistrado e prometeu acompanhar o caso junto às autoridades competentes. A associação espera que as autoridades conduzam uma investigação rápida e minuciosa das circunstâncias que levaram à morte do juiz, com a garantia de que elas punam devidamente os responsáveis de acordo com a lei.
A seccional Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também prestou homenagem ao juiz falecido. Conforme nota divulgada, a OAB expressou seu pesar pela perda de Paulo Torres Pereira da Silva, elogiando sua dedicação e honradez durante os mais de 30 anos dedicados à magistratura. A OAB comprometeu-se a exigir uma investigação rápida e eficaz das autoridades competentes, que deve resultar na responsabilização dos culpados por esse crime brutal. A Ordem prestou solidariedade à família, amigos e a todos os membros do Judiciário pernambucano e afirmou que continuará na busca por justiça e paz.
Ato de desagravo
Devido ao acontecimento, a OAB adiou o ato de desagravo que estava agendado para as 11h desta sexta-feira, 20, em frente ao Fórum Trabalhista de Olinda.
O desagravo, que originalmente era uma demonstração de apoio e reconhecimento, agora se transformou em uma ocasião de luto e reflexão para a comunidade jurídica pernambucana.
Enfim, o assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva é uma perda irreparável para a sociedade.
