O fenômeno natural conhecido como “maré vermelha” chegou então à Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, causando preocupação entre os banhistas. Desde terça-feira, 20 de fevereiro, quando as primeiras manchas surgiram, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) monitora a situação e recomenda evitar o banho de mar em áreas onde a água apresentar cor e cheiro diferentes do normal.
A “maré vermelha” já havia causado intoxicação em banhistas no Litoral Sul de Pernambuco. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou 338 casos suspeitos de intoxicação até o momento, com ocorrências concentradas principalmente na praia de Tamandaré. Três pessoas também foram hospitalizadas após banharem-se no mar em Maracaípe, em Ipojuca, região metropolitana do Recife.
O Ibama explicou que o crescimento excessivo de microalgas planctônicas causa o fenômeno. Elas liberam toxinas devido ao aumento da temperatura das águas do oceano nesta época do ano.
Em Boa Viagem, a CPRH coletou amostras da água para análise após receber relatos sobre as manchas no mar. Os resultados confirmaram ainda mais que se trata de uma floração de dinoflagelados, um grupo diversificado de microalgas, algumas das quais são potencialmente produtoras de toxinas.
Os sintomas de intoxicação incluem dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo, náusea, dor abdominal, vômitos, irritação nos olhos, garganta, nariz e pele. Portanto, é importante evitar o contato direto ou indireto com a água contaminada e buscar atendimento médico se você apresentar algum desses sintomas após exposição ao mar.